Após o chumbo do Orçamento de Estado e a dissolução da Assembleia da República (AR), o primeiro-ministro fez saber que há matérias sobre as quais o Governo não pode legislar, como por exemplo, o desdobramento dos escalões do IRS ou o pacote da chamada Agenda do Trabalho Digno.
Segundo António Costa, estas medidas ficam adiadas para a próxima legislatura, caso o PS vença as eleições no início de 2022. Em entrevista à RTP1, Costa adianta que o Executivo vai apenas “fazer tudo aquilo que é normal ser feito e corrente fazer no início do ano”, como o aumento do salário mínimo. No entanto, salvaguardou que “tudo o que tenha natureza extraordinária”, como seria o caso do aumento adicional de dez euros nas pensões, não avançará.
Na primeira entrevista televisiva desde o anúncio de convocação de eleições antecipadas para 30 de janeiro, António Costa repetiu que foi “ao limite dos limites” na negociação com os parceiros de esquerda. E assumiu que até ao momento da votação parlamentar teve “uma réstia de esperança de que no último minuto alguém percebesse que o país precisava” da aprovação do OE.