A DGS adianta que se realizará nos próximos anos, uma “aquisição faseada” destes novos tipos de dispositivos, “de forma a cobrir a totalidade dos utentes com Diabetes tipo 1 e indicação clínica para a sua utilização”.
Segundo a DGS, estas novas bombas de insulina oferecem oportunidades de melhoria da qualidade do tratamento e qualidade de vida, acrescentando que, desde 2020, “todas as pessoas com diabetes tipo 1 acompanhadas nos centros de tratamento validados e com indicação clínica podem ter acesso ao tratamento com bombas de insulina, ao abrigo deste programa”.
As bombas de insulina permitem uma melhoria da qualidade de vida, já que dispensam a administração de múltiplas injeções por dia, assim como uma melhoria do controlo glicémico, pois imitam de uma forma mais próxima a secreção fisiológica de insulina pelo pâncreas.
O presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), afirma que os centros de tratamento “são limitados e têm poucos meios”, apesar de reconhecer que já há uma maior distribuição por todo o país.
Segundo José Manuel Boavida, a população a abranger por estas bombas comparticipadas pelo Estado é de cerca de 15 mil pessoas, num processo que começou pela colocação de cerca de 100 bombas por ano e que tem vindo a aumentar “consoante a capacidade de resposta” dos serviços de saúde.
No final de 2021, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde adiantou que cerca de 4.000 diabéticos estavam em tratamento em Portugal com bombas de perfusão subcutânea contínua de insulina, um número que tem vindo a crescer desde 2018, passando de pouco mais de 2.800 para cerca de 4.000.
Na altura, anunciou ainda que este ano seriam incluídos neste programa, pela primeira vez, dispositivos híbridos e microbombas (bombas inteligentes).