A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública entregou ao primeiro-ministro, António Costa, uma carta onde exige a manutenção da gestão da ADSE na esfera pública e enquanto subsistema complementar.
Segundo Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, “as comparticipações estão com um atraso como nunca se viu e a desculpa é a falta de pessoal”, estimando que exista, atualmente, uma dívida de 70 milhões de euros aos beneficiários da ADSE. “É urgente a regularização dos reembolsos devidos aos beneficiários”, disse.
No documento, a Frente Comum exige a manutenção da gestão da ADSE na esfera pública, a integração na ADSE dos trabalhadores em contrato individual de trabalho, a regularização do pagamento dos reembolsos devidos aos beneficiários e ainda o acerto de contas com os grandes grupos prestadores de serviços na área da saúde, bem como a respetiva atualização de tabelas.
Naquela carta, a Frente Comum afirma ainda que “a ADSE não é um privilégio dos trabalhadores e aposentados da administração pública, pois estes financiam o subsistema quase a 100%, incluindo a totalidade dos custos do instituto público”. “Todos os beneficiários titulares da ADSE (exceto os que têm pensões inferiores ao salário mínimo) descontam 3,5% do seu salário ou pensão, durante 14 meses por ano”, acrescenta.
A dirigente acusa ainda António Costa de nos últimos anos, fazer ‘veto de gaveta’ às propostas do Conselho Geral e de Supervisão e permitido o arrastamento de uma gestão destituída de estratégia, “submissa aos interesses dos grandes grupos económicos de saúde, incumpridora do prazo de pagamento aos beneficiários dos reembolsos, que tem protelado o acerto de contas com os grandes grupos prestadores de serviços na área da saúde, que arrasta a atualização das tabelas bem como a admissão dos trabalhadores”.