Para a ministra da Presidência, há que “evitar um fenómeno que muitas vezes acontece: Por não terem um conjunto de apoios domiciliários, as pessoas precisam de ir para um lar, mesmo quando ainda podiam ter alguma autonomia se pudessem receber esses apoios”.

“Precisamos destas diferentes respostas que não sejam só os lares, que possam ser centros de dia, centros de noite, cuidados domiciliários, diferentes formas de podermos acompanhar os mais velhos dando-lhes as respostas de que eles necessitam, mas podendo, sempre que possível, resistir até ao mais tarde possível a uma institucionalização que às vezes é precoce”, refere Mariana Vieira da Silva.

Já na Saúde, o objetivo do Governo é a concretização de algumas áreas da reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que estão em desenvolvimento, como por exemplo “o reforço dos cuidados primários, cuja reforma já foi lançada há bastantes anos, mas em que o Governo pretende fazer investimentos que permitam a um centro de saúde, ou um Unidade de Saúde Familiar, responder a mais problemas dos cidadãos. Queremos dar um avanço significativo na reforma da saúde mental e promover um reforço tecnológico ao nível da resposta do SNS”, exemplifica.

“Na rede de cuidados continuados, o objetivo é finalizar a rede. A perspetiva é identificar problemas, alguns deles estruturais e outros que foram muito agravados pela pandemia da covid-19. Esses investimentos têm de ser focados e passíveis de ser cumpridos num curto espaço de tempo”, adverte.

No que respeita à vertente das qualificações, a ministra da Presidência afirma que o Governo tem como objetivo responder “a dimensões mais estruturais, mas, igualmente, a dimensões que decorrem mais do que aconteceu na pandemia e covid-19”.

“Temos um conjunto de respostas que pretendem resolver problemas de emprego – mesmo que sejam menos visíveis do que nós inicialmente tínhamos previsto, ainda assim existem e são muito significativos. Procuramos ter aqui medidas para a criação de emprego sustentável e de apoio à criação de emprego sustentável. Mas também medidas que pretendam preparar melhor o país para um conjunto de desafios que temos pela frente nomeadamente na área da digitalização”, acrescenta.

Mariana Vieira da Silva destacou a “cooperação entre as instituições de ensino superior e outras instituições da administração pública e empresas para melhorar a formação profissional”, assim como o combate às desigualdades entre mulheres e homens.