João Luís Cardoso, Professor Catedrático da Universidade Aberta e Coordenador do Centro de Estudos Arqueológicos do Concelho de Oeiras (CEACO), foi galardoado com o Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga da Academia Portuguesa da História.
📷 João Luís Cardoso na Fábrica da Pólvora de Barcarena
Este prémio foi atribuído a João Luís Cardoso, a 7 de dezembro de 2022, pela obra “A Fábrica da Pólvora de Barcarena e as ‘Ferrarias del Rey’: um projecto de arqueologia industrial em construção”, edição da Câmara Municipal de Oeiras.
“O livro fala de uma parcela da história económica, social e política do nosso país, desde 1487, altura em que o Rei D. João II proibia que pedreiros envolvidos na construção do edifício primitivo das suas ferrarias, na Ribeira de Barcarena, fossem ocupados com outros trabalhos. O monarca desde logo atribuiu primazia à sua construção, que se destinou ao fabrico de armas brancas, sendo as únicas ferrarias do nosso território com o estatuto régio.
As escavações arqueológicas, realizadas em 2009, permitiram identificar ainda as estruturas desse edifício que subsistiram. A produção de armas prosseguiu nos séculos seguintes, a par do fabrico de pólvora, conhecendo-se períodos de grande azáfama, relacionados com a própria história de Portugal, primeiro com a expansão ultramarina, mais tarde, para assegurar a própria independência do Reino, constituindo assim Barcarena um verdadeiro complexo tecnológico-militar de primeira importância à escala ibérica e europeia. A sua atividade fabril cessava, definitivamente, em 1988.”
Assista ao vídeo* da cerimónia de premiação:
*Fonte: Universidade Aberta
