Sobre as medidas anunciadas pelo Governo no sábado, a vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro, o bastonário e o Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos (OM) disse que “neste momento de crescente atividade pandémica e de imperiosa coesão nacional no combate ao inimigo comum, a total concordância” com a declaração do estado de emergência.

A OM alerta à população para um agravamento progressivo da covid-19 nas próximas semanas, e que é necessário manter “uma total adesão” às medidas preventivas. “Só a intervenção a montante na interrupção das cadeias de transmissão pode precaver e impedir a rutura do Sistema Nacional de Saúde (SNS)”, afirma a OM no comunicado, lembrando que é “essencial” cumprir as medidas de proteção individual e coletiva, avança o SAPO.

O bastonário e o gabinete de crise dizem estar solidários com os profissionais de saúde no combate à pandemia, nomeadamente os das localidades no limite de recursos técnicos e humanos, lembrando a necessidade de contratação urgente de médicos e demais profissionais de saúde, enaltecendo ainda o envolvimento e a “colaboração indispensável” das Forças Armadas Portuguesas nesta situação de emergência nacional “que deveria ter sido antecipada e ativada mais precocemente”.

As medidas do estado de emergência, aprovado sábado pelo Governo, preveem que em 121 municípios, onde há “risco elevado de transmissão da covid-19″, a circulação vai ficar limitada nos próximos dois fins de semana, entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira, possibilidade da medição de temperatura corporal por meios não invasivos e de exigir testes de diagnóstico para a covid-19, a limitação a seis pessoas de grupos em restaurantes, salvo do mesmo agregado familiar, e a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, após tentativa de acordo e mediante justa compensação.