Arrancou na segunda-feira as aulas à distância, contudo, existem em Portugal cerca de 300 mil alunos que continuam sem computador ou acesso à Internet, pelo que são obrigados a deslocar-se às escolas, para ter aulas presenciais, ou aceder às aulas online.
Este número foi avançado pelo presidente da Confederação Nacional Independente dos Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Rui Martins, ao ‘Correio da Manhã’ (CM), tendo o responsável deixado críticas ao Governo, que não precaveu estas situações. “O Governo falhou na medida em que não precaveu um plano B ao ensino à distância. Mais, esta questão dos computadores acentua as desigualdades entre alunos”, afirmou.
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Escolas (ANDE) disse também ao CM que existem ”300 mil alunos sem meios para o ensino à distância”. ”A impossibilidade de estudarem em casa, leva uma parte significativa desses alunos a regressar à escola nos próximos dias”, adiantou ao ‘CM’.
Durante uma visita a uma escola em São Brás de Alportel, o ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, sublinhou a importância de voltar a abrir as escolas ”o mais rápido possível”, afirmando que ”nada substitui as aulas presenciais”. ”Cada uma das nossas crianças tem necessariamente constrangimentos. Sabemos que a saúde física e mental dos nossos jovens está a ser afetada pelo distanciamento. Sabemos que é através da escola que muitas das respostas sociais e pedagógicas se dão, com outra extensão”.
”Vemos os alunos a dizer que é muito importante e tão bom voltar à escola depois de 15 dias de afastamento, todos os colegas queriam fazer exatamente a mesma coisa(…) ”por isso é importante dotar cada uma das famílias das condições necessárias”, diz Tiago Brandão Rodrigues.