Segundo o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, caso haja uma segunda vaga de ‘lay-off’ simplificado (suspensão temporária dos contratos de trabalho), os trabalhadores não podem continuar a perder rendimento, já que no regime em vigor recebem dois terços da remuneração. “O ideal seria que recebessem os 100%, mas, tendo em conta as condicionantes económicas, que recebam pelo menos quatro quintos do salário”, disse.
Carlos Silva considera ainda que é dever das empresas que estas devem contribuir mais, passando a pagar metade da retribuição dos trabalhadores em ‘lay-off’, para evitar a descapitalização da Segurança Social, que atualmente assegura 70% dessa remuneração, adianta o SAPO.
O líder da UGT defendeu ainda que todos os trabalhadores que perderam o emprego devem ser apoiados, ou com medidas ativas de emprego, nomeadamente formação profissional, ou com um rendimento mínimo. “Todos os trabalhadores que ficaram no desemprego e que não reúnem os requisitos necessários para aceder ao respetivo subsídio devem receber pelo menos o valor do Indexante de Apoios Sociais, cerca de 438 euros”, disse Carlos Silva, acrescentando que o Governo não fechou a porta a esta sugestão.