14.2 C
Oeiras Municipality
Ter 11 Fevereiro 2025
Inicio Saúde CoronaVirus Variantes do COVID-19 afetam outros órgãos do sistema imunitário, diz estudo

Variantes do COVID-19 afetam outros órgãos do sistema imunitário, diz estudo

Uma investigação do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto concluiu que as variantes do SARS-CoV-2 afetam outros órgãos “fundamentais” do sistema imunitário, em particular a medula óssea e o timo.

Em comunicado, o i3S adianta que a investigação, liderada por Margarida Saraiva, avaliou “de forma detalhada” a infeção provocada por três variantes do vírus SARS-CoV-2 em modelos animais: as variantes Alfa, Delta e Ómicron.

O estudo foi publicado na revista científica iScience e “reforça” outras investigações ao mostrar que as variantes do SARS-CoV-2 “têm um papel importante na severidade da doença [covid-19] e que a severidade tem vindo a diminuir com a evolução natural do vírus”.

Segundo a investigadora, o pulmão foi, inicialmente, o “órgão alvo” do estudo e que a equipa verificou que “os danos no tecido provocados pelas variantes Alfa e Delta são substanciais e acompanhados por uma resposta imune mais agressiva”, contudo, “com a variante Ómicron existe um alívio da resposta imunitária pulmonar”.

Os investigadores decidiram estudar outros órgãos, tendo percebido que, nas infeções mais severas – causadas pela variante Alfa – o “timo é muito afetado, sofrendo uma atrofia”.

“Isto significa que a sua função, ligada às células do sistema imune chamadas linfócitos T, que combatem as infeções, poderá ficar condicionada na fase pós-covid-19”, nota.

Além do pulmão e do timo, a equipa analisou também a medula óssea e concluiu que nos casos das infeções com as variantes Alfa e Delta – “há um produção excessiva de células mieloides” (células com potencial patológico).

“A medula óssea é tão mais afetada quanto maior for a severidade da infeção, provavelmente amplificando essa severidade”, refere.

Margarida Saraiva destaca que o impacto da infeção “ultrapassa o pulmão” e que tal “deve ser tido em conta ao definir terapias para responder a infeções graves causadas pelo SARS-CoV-2” por forma a “tentar acelerar a recuperação do paciente”.

A investigação, que contou com a colaboração de outros grupos de investigação do i3S e da Immunethep, foi financiada pela British Society for Antimicrobial Chemotherapy (BSAC).

COMENTAR

Please enter your comment!
Por favor, digite o seu nome

- PUB -

Os mais lidos

Oeiras realiza sessão de Capacitação em Gestão de Projetos

O Auditório da Biblioteca Municipal de Oeiras foi o local escolhido para receber no passado dia 6 de fevereiro uma sessão de Capacitação em...

Canábis medicinal: ISQ contribui para avanços na investigação

A Canábis medicinal tem ganho cada vez mais relevância no tratamento de diversas condições de saúde, devido aos benefícios terapêuticos comprovados pelos canabinóides que...

Filme ‘Breve Encontro’ no Templo da Poesia

Na véspera do Dia de S. Valentim, dia 13 de fevereiro, o filme ‘Breve Encontro’, de David Lean, será exibido no Templo da Poesia,...

Fundação Marquês de Pombal organiza 2ª edição de ‘Os Dias da Rádio’

A Fundação Marquês de Pombal organiza a 2ª edição de ‘Os Dias da Rádio’, a decorrer nos dias 13, 14 e 15 de fevereiro...

Comentários Recentes