A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) vai realizar uma greve nacional no próximo dia 31 de janeiro. Este protesto, anunciado pelo dirigente da Fesap, José Abraão, vai coincidir com o dia da manifestação nacional marcada pela Frente Comum, e com a greve de professores convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
A Greve nacional da Fesap surge como protesto contra a proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) que considera ser “ofensiva” e “inaceitável” por prever aumentos salariais de 0,3%. Para José Abraão, “esta vai ser uma grande greve”, que abrange “todos os trabalhadores da administração pública”.
Segundo o SAPO24, após se reunir, a assembleia-geral da Fesap concluiu que a proposta do Governo de aumentos salariais de 0,3% “é ofensiva e inaceitável e acaba por se traduzir numa provocação aos trabalhadores” da administração pública, disse José Abraão.
A Fesap tinha proposto ao Governo aumentos salariais de 3,5% para 2020, mas durante as negociações baixou a proposta para 2,9%. José Abraão, adianta ainda que a Fesap está disponível para continuar as negociações com o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública.
Para o líder da Fesap, até agora o processo negocial tem sido um “faz de conta” e, por isso, exige uma “negociação séria” com o Governo, acrescentando que “não vai parar de exigir, de lutar”, mesmo após a aprovação do OE2020, para que sejam dadas respostas aos trabalhadores do Estado.
Além dos aumentos salariais, a estrutura sindical reivindica “a correção das distorções da Tabela Remuneratória Única”, alterações ao Sistema de Avaliação de Desempenho (SIADAP), o alargamento da ADSE a novos beneficiários, entre outras matérias.