A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), da UGT, anunciou na quarta-feira que irá juntar-se à Frente Comum, da CGTP e avançar com uma greve no dia 12 de novembro, fazendo coincidir o protesto com a paralisação nacional da Frente Comum.
Segundo adianta o dirigente da Fesap, José Abraão, após se reunir com a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, saiu da reunião com “uma mão vazia e outra cheia de nada”.
Por isso considerou que é preciso “dar voz ao protesto e descontentamento dos trabalhadores da administração pública”. “Vamos emitir um pré-aviso de greve próprio que há-de coincidir com o dia 12, não só abrangendo os trabalhadores da administração pública, mas também todos os trabalhadores das IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social] e Misericórdias”.
Segundo informa o Executive Digest, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, manteve a proposta de atualização salarial nos 0,9%, em linha com a inflação, para 2022, o que não agradou ao sindicalista, que afirma que a ministra apenas avançou com um projeto “que altera alguns aspetos de atribuição do suplemento de penosidade e insalubridade, mas pouco”.
Sobre o aumento de 50 euros para os técnicos superiores, previsto na proposta de OE2022, a aplicar até 2023, José Abraão diz que a medida não deverá entrar em vigor logo em janeiro.
Está marcada uma greve nacional de funcionários públicos, a realizar em 12 de novembro, convocada pela estrutura da CGTP, a Frente Comum, que exige aumentos de 90 euros para todos os trabalhadores. A Fesap exige uma atualização salarial de 2,5% no próximo ano.