A exposição de Marco Conti Sikic no Átrio do Núcleo Central do Taguspark vai encerrar a 23 de janeiro com a mostra final de uma obra feita pelo artista italiano, ao vivo, no local, durante os cerca de dois meses de duração desta iniciativa.
Denominada “Pop Renaissance”, a exposição é inspirada nos temas do renascimento italiano e das obras clássicas, mas reinterpretados, para criar composições contemporâneas, influenciadas por elementos específicos pop e da cultura urbana. Inclui, também, trabalhos mais abstratos, compostos por um código que Sikic criou, em criança, para comunicar com os amigos, em segredo, nas longas horas de ataques sofridos em Dubrovnik, durante a guerra na Croácia.
A obra feita no Átrio do Núcleo Central do Taguspark, sob o olhar do público que visitou a exposição, é uma revisitação pop feita a partir de um tema clássico da iconografia religiosa: a última ceia. “A minha intenção era capturar a atenção do público através de ironia e da provocação, por isso, escolhi imaginar um jantar perfeito e reunir em torno da mesa personagens históricos e culturais que me inspiraram durante a minha vida”, explica Marco Conti Sikic. “No centro, no lugar de Cristo, está uma mulher-mãe, a minha esposa, que segura nos braços a nossa filha, nascida quatro dias após a inauguração da exposição”, conta.
A obra, de grandes dimensões, foi inteiramente desenhada a carvão.
A exposição “Pop Renaissance”, promovida pelo Taguspark, integra a programação cultural definida para 2019 e 2020 para a cidade de ciência e tecnologia.
Marco Conti Sikic é um artista visual, arquiteto, autor e realizador. Nascido em Itália, cresceu entre este país e a Croácia, até à guerra de 1991, que o marcou profundamente. Estudou na Academia de Belas Artes de Roma, onde deu os primeiros passos em street art e galerias. Licenciou-se em Arquitetura, em Paris, onde iniciou a carreira como arquiteto, que se prolongou por oito anos, até regressar à arte, primeiro nas ruas de Paris, depois participando em exposições coletivas em França, Espanha e Itália.
Em 2012, iniciou a atividade como fotógrafo e realizador. Desde 2015, trabalha como produtor e realizador, na indústria musical e publicitária. Paralelamente, continua a sua atividade como artista visual, expondo em bienais e festivais na Europa e em África.