Arranca esta quarta-feira a greve de profissionais da educação, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop).
Foram decretados serviços mínimos, pelo que as escolas têm de assegurar pelo menos três horas de aulas/tempos letivos diários por turma.
Esta greve pretende ser um protesto contra os atuais regime de concursos, reivindicando o tempo de serviço que esteve congelado, atualização dos salários e das condições de trabalho.
Na semana passada, Carla Piedade, da direção do STOP, explicou que o regime de gestão e recrutamento de docentes foi aprovado em março, após vários meses de negociação sem acordo, estando agora a decorrer o processo negocial com o Ministério da Educação sobre a correção de assimetrias decorrentes do congelamento da carreira.
“Os profissionais continuam a demonstrar o seu empenho por esta luta pela defesa da escola pública, contra o regime de concursos e pela devolução do tempo de serviço, que ainda não aconteceu”, disse a dirigente sindical.
As medidas propostas pelo executivo têm impacto na progressão na carreira dos professores em funções desde 30 de agosto de 2005, ou seja, que passaram pelos dois períodos de congelamento do tempo de serviço, mas são consideradas insuficientes pelas organizações sindicais, que não abdicam dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço por recuperar.
Entre 5 e 12 de maio, o sindicato vai realizar outra greve, que coincide com o início das provas de aferição.