Quase metade dos mais de 90% das empresas que adotaram o teletrabalho devido à pandemia covid-19 e pretende mantê-lo no futuro, embora apenas de forma parcial na maioria dos casos.
A CIP – Confederação Empresarial de Portugal, em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE desenvolveram um inquérito realizado a quase mil empresas, a maioria micro e pequenas empresas, sendo já o quinto realizado no âmbito do “Projeto Sinais Vitais”.
Segundo a Rádio Renascença, entre os resultados divulgados surge que 92% das empresas inquiridas adotaram o regime de teletrabalho no período da pandemia e, destas, 74% optou pelo tempo parcial, enquanto 26% adotou o regime a 100%.
Destas, 48% disse que tem intenções de manter situações de teletrabalho, de forma permanente, enquanto 52% não pretende adotar este regime no futuro e há ainda 59% das empresas que consideram que se deve voltar ao regime de teletrabalho constante do Código do Trabalho “logo que possível”, ou seja, seguindo a regra de que este regime exige o acordo entre empregador e trabalhador.
As empresas que pretendem adotar o teletrabalho no futuro preferem fazê-lo de forma parcial, já que metade considera preferível ter situações de teletrabalho apenas em dois ou três dias da semana e 22% das empresas preferem manter o teletrabalho em todos os dias da semana, excetuando idas pontuais à empresa.
Relativamente à aceitação do teletrabalho por parte dos trabalhadores foi, em 57% dos casos, elevada ou muito elevada, tendo em conta que, das empresas inquiridas, 62% não tinham experiência prévia de teletrabalho, mas em 86% dos casos os processos internos foram facilmente executados.
Sobre a produtividade, 43% das empresas consideram que se manteve inalterada durante a prestação em teletrabalho, 16% dizem que piorou e 10% que melhorou, com 31% das empresas a responderem que ainda é cedo para avaliar.
Entre as principais vantagens do teletrabalho apontadas naquele inquérito surge os custos de funcionamento/custos das instalações e a motivação dos trabalhadores, apontadas por 27% e 26% das empresas, respetivamente.
Quanto às desvantagens surge a dispersão dos trabalhadores com atividades domésticas e familiares, com 43% de respostas, seguida da falta de comunicação entre equipas (30%).