A exposição ‘Censura a Defesa do “Respeitinho”’, realizada no âmbito das Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril, foi inaugurada esta sexta-feira, dia 12, no Centro Cultural Palácio do Egipto, em Oeiras, e traz uma parte do espólio do Arquivo Ephemera.
“O material aqui exposto olha para um aspeto especial da censura em Portugal, o aspeto da defesa da autoridade e da ordem estabelecida, o respeito”, esclareceu o historiador José Pacheco Pereira, proprietário do Arquivo Ephemera, que na época da ditadura teve também 2 livros censurados e enviados para a PIDE. São sobretudo livros e textos jornalísticos e os respetivos despachos da Censura a descrever a proibição.
A Censura ou Exame Prévio constituiu, a par da polícia política, um dos instrumentos essenciais do Estado Novo para reprimir a expressão e divulgação de opiniões políticas contrárias ao Regime, mas também para esconder ou atenuar as realidades mais “incómodas”, no plano social e dos costumes.
“A democracia é um processo em construção. Quanto mais esclarecidas estão as pessoas melhor são as suas escolhas pessoais e como membros de uma comunidade”, sublinhou o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, a destacar ainda os cerca de 200 eventos que Oeiras está a organizar para celebrar os 50 anos do 25 abril.
A exposição ‘Censura a Defesa do “Respeitinho”’ teve como curador Carlos Simões Nuno e como designer Carlos Guerreiro.
A entrada é livre.
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