As startups LockEM – instalada na Incubadora Taguspark – e a QuantumNova acabam de anunciar o Quasar, um projeto que alia o QS-P NETWORKS, da QuantumNova, e o LATO, da LockEM, a uma tecnologia avançada de Geração de Números Aleatórios Quânticos (QRNG) e que estabelece um novo padrão em soluções de segurança cibernética.
Num movimento pioneiro para fortalecer os ativos digitais contra a crescente ameaça do cibercrime, a união de esforços entre as duas empresas está na origem do primeiro escudo quântico de ciber-resiliência fortificado com encriptação pós-quântica do mundo.
A apresentação do Quasar foi efetuada no “Innovation Day Taguspark” dedicado à Cibersegurança e que se realizou no Taguspark – Cidade do Conhecimento no passado dia 16.
À medida que os avanços tecnológicos e as tensões geopolíticas aumentam, o risco de guerra cibernética nas sombras digitais intensifica-se. Dados recentes da Checkpoint Research indicam um aumento de 28% nos ciberataques no início de 2024, com os ataques de ransomware a aumentarem 64% só na Europa. O Quasar responde a esta realidade e é o culminar da investigação de ponta e da colaboração entre a LockEM e a QuantumNova, já que integra QS-P NETWORKS, LATO e QRNG para proporcionar uma segurança cibernética sem paralelo. Com a sua estreia, o Quasar assegura que tanto os dados em trânsito como os dados em repouso estão protegidos contra ameaças cibernéticas atuais e futuras.
“A luta contra o cibercrime é como uma luta de David contra Golias. O cibercrime evolui mais rapidamente que a cibersegurança na adoção de novas tecnologias. Por muito eficientes que sejam os sistemas de proteção, variáveis como o fator humano irão sempre comprometer a segurança dos sistemas”, assinala Luís Rosa, CEO da LockEM, que assinala a necessidade urgente de soluções inovadoras no combate ao cibercrime. “Usamos tecnologias como a Inteligência Artificial para a deteção de padrões de ataque, que nos permitem uma resposta mais eficiente no combate às ameaças do cibercrime. Por outro lado, a cibersegurança ainda é inacessível a muitos pela sua complexidade e custo. Com este projeto pretendemos tornar acessíveis soluções que apoiam na recuperação dos ativos digitais mais críticos, permitindo às empresas uma recuperação rápida do serviço”, conclui.
“O Projeto Quasar é a união do melhor que as nossas empresas têm a oferecer. Esta solução não só incorpora a resiliência da informação e a rápida recuperação das operações após um ciberataque, como também reforça os dados com a robustez dos algoritmos pós-quânticos e entropia quântica para garantir maior segurança na encriptação. Adicionalmente, aliamos essa tecnologia à flexibilidade da cloud, onde os dados podem ser encriptados e armazenados com agilidade e escalabilidade”, explica Henrique Ferreira, CTO da LockEM.
Com lançamento previsto para 2025, o Quasar foi pensado para satisfazer as necessidades de indústrias, governos e organizações em todo o mundo, proporcionando-lhes um mecanismo de defesa robusto contra o cenário sempre em evolução da cibercriminalidade.
“O QRNG é uma peça fundamental no quebra-cabeça da segurança digital, já que é uma tecnologia capaz de gerar números verdadeiramente aleatórios, um recurso essencial para a criação de chaves criptográficas seguras. No contexto de ataques avançados, incluindo aqueles que podem, no futuro, utilizar computadores quânticos para quebrar criptografias tradicionais, o QRNG oferece uma camada de segurança que permanece resiliente e inquebrável. Este nível de proteção é indispensável para prevenir estratégias de espionagem e roubo de dados que esperam o momento certo para decifrar informações encriptadas, conhecidas como ataques de “Store now, decrypt later” (SNDL)”, sublinha André Grilo, CEO da QuantumNova.
