O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, enviou uma carta ao primeiro-ministro, António Costa, defendendo a criação de uma diretiva-quadro no âmbito da negociação coletiva e salário mínimo na Europa.
Segundo o responsável da UGT, este grupo partilha da posição da Confederação Europeia de Sincatos (ETUC-CES) sobre a melhoria das condições de trabalho. “Escrevo-lhe para sublinhar a importância da União Europeia respeitar os seus compromissos e produzir uma Diretiva Quadro que, para além de garantir um salário mínimo na Europa, garanta que todos os Estados Membros promovem e protegem a negociação coletiva como forma de assegurar salários justos e condições de trabalho dignas”, pode ler-se naquela carta, citada pelo jornal SOL.
Carlos Silva diz ainda naquela carta que “baixos salários e a perda de poder de compra geraram um impacto negativo na produtividade e no investimento prejudicando o desempenho geral da economia”, lembrando que o salário mínimo, além da sua função social, pode ajudar a combater as divergências económicas na Europa e promover a coesão social funcionando como uma espiral positiva.
O aumento do salário mínimo em Portugal tem sido uma das lutas deste dirigente, sendo que a última vez que defendeu este aumento foi na reunião de concertação social em que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, reuniu com representantes dos trabalhadores e dos patrões.
No entanto, este não será um assunto para discutir nas próximas reuniões de concertação social como disse Carlos Silva e confirmou Ana Mendes Godinho.