No dia 30 de outubro, o Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, vai inaugurar as passagens superiores de ligação às três fases do Parque dos Poetas e os elevadores de acesso, uma obra que teve um investimento municipal de 900 mil euros.
Fica assim cumprido o desenho projetado para o Parque dos Poetas, todo ele ligado entre si, este que é um dos locais de referência de Oeiras.
Os desafios do Parque dos Poetas entram agora numa nova fase: desenvolvimento de um programa cultural e de lazer atrativo, que passa pela construção do Oeiras Garden com espaços de restauração, com terrado de atividades lúdicas e expositivas, estufa e sala polivalente, a instalação de quiosques, o melhor apetrechamento dos anfiteatros, a renovação e melhoramento dos equipamentos urbanos e a finalização das intervenções escultóricas num monumento/obelisco que contará e complementará a história do Parque.
Mas é no Templo da Poesia que estará a base de um programa cultural, com interposições virtuais intencionalmente vocacionadas para a divulgação da língua com parcerias internacionais, que virá a ser um dos mais importantes espaços sede de intervenções no quadro da candidatura de “Oeiras Capital Europeia da Cultura”.
Sobre o Parque dos Poetas:
O Parque dos Poetas é um parque urbano de 23 hectares, cuja conceção paisagística, além do lazer, desporto e beleza dos jardins, tem na sua base a homenagem à Poesia de Língua Portuguesa através da representação escultórica de 60 poetas, da autoria de 40 escultores.
É, por isso, um museu ao ar livre, repositório da arte escultórica contemporânea com a presença das várias correntes estéticas.
O seu espaço resultou da intencional reserva para zona verde no plano urbanístico do norte de Oeiras.
A construção do Parque, correspondente a um investimento global de cerca de 40 milhões de euros, foi faseada, ficando concluída a 1ª fase em junho de 2003 e a última em julho de 2015.
O Parque dos Poetas teve, na sua génese de projeto, a ideia de um percurso romântico de uma alameda ou “boulevard “, ao longo do qual se poderiam encontrar ou lembrar, através de obras escultóricas, a Poesia e os mais importantes Poetas da Língua Portuguesa.
Assim, com um desenho urbano orgânico, a alameda é entrecruzada por caminhos secundários serpenteantes, dirigidos a jardins temáticos, contidos num formato de folha, onde se homenageia a poesia lusófona através de 60 Poetas (mais representativos) representados por esculturas contemporâneas da autoria de 40 dos escultores mais importantes de Portugal e dos países de expressão cultural portuguesa.
Nos jardins temáticos, os conjuntos escultóricos são enquadrados paisagisticamente por um desenho organizado, onde os materiais e a flora se associam ao conteúdo da obra poética de cada um dos representados.
Mas este percurso dos Poetas desde a fundação da nacionalidade até ao século XX, incluindo os países e territórios de expressão portuguesa, não é linear e diferencia-se nas 3 zonas principais do Parque, de acordo com cada época poética representada e seus escultores autores.
Há ainda uma vertente de sustentabilidade, cujo desafio foi imposto logo na génese e por isso foram implementados sistemas de rega sofisticados e está concretizado o abastecimento de água captada do subsolo.