Com o objetivo de sensibilizar para a importância da prevenção da meningite meningocócica, a GSK-GlaxoSmithKline, acaba de lançar o documentário “Prevenir a Meningite – Por uma vida inteira pela frente”. O projeto conta com testemunhos reais de quem viveu a meningite na primeira pessoa e deixa um alerta: um em cada cinco sobreviventes fica com sequelas graves (ortopédicas, sensoriais, sistémicas, neurológicas e cognitivas).
O documentário (disponível em https://youtu.be/xey4IHQhtxg) inclui depoimentos de seis especialistas médicos, uma mãe de uma criança sobrevivente de meningite e Lenine Cunha, atleta paralímpico e também sobrevivente de meningite, entre outros testemunhos, que sublinham a gravidade da meningite e a importância da prevenção nas diferentes faixas etárias, para proporcionar uma vida inteira pela frente.
A meningite é a inflamação das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinal, sendo provocada maioritariamente por vírus e bactérias, mas também por fungos ou parasitas. O Dr. Hugo Rodrigues, pediatra e autor do blog “Pediatria para todos”, esclarece: “A meningite meningocócica, uma infeção bacteriana das meninges e da espinal medula, embora seja uma doença pouco frequente, pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. É uma infeção muito grave e que pode evoluir de sintomas inespecíficos até à morte em apenas 24h”.
“A doença meningocócica transmite-se através do contacto direto com gotículas e secreções nasais favorecidas pela tosse, espirros, beijos e pela proximidade física. Uma doença que, numa fase inicial (primeiras 4-8horas), apresenta sinais e sintomas poucos específicos e que podem ser semelhantes a uma gripe, o que pode gerar despreocupação para uma situação clínica que pode atingir quadros muito graves”, reforça ainda o Dr. Hugo Rodrigues.
Em Portugal, no ano de 2018 (data do último relatório), 70% dos casos foram causados pelo serogrupo B, à semelhança do que se passa no resto da Europa. Apesar da infeção não escolher idades, as crianças em idade escolar e os adolescentes são um grupo de risco que exige atenção e preocupação, visto que um em cada quatro adolescentes pode ser portador assintomático da bactéria Neisseria meningitidis, tornando-se, assim, potencial transmissor para as restantes pessoas com quem convive.