Arrancou esta segunda-feira a terceira fase do desconfinamento no país, que incluiu a reabertura das escolas secundárias e instituições de ensino superior.
Os alunos regressam agora às aulas presenciais com medidas de segurança sanitária reforçadas, designadamente a realização de rastreios à covid-19.
No ensino superior, a realização dos testes rápidos de antigénio começou no dia 12 de abril. Grande parte dos estudantes vai continuar para já em casa, uma vez que as instituições preferiram privilegiar as aulas práticas e retomar, noutros casos, o regime de ensino misto.
Neste caso, o programa de testagem resulta de uma parceira com a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), que disponibilizou na semana passada mais de 240 mil testes, e envolve estudantes, investigadores, docentes e não docentes.
Os rastreios continuam esta semana, estando previsto que as universidades e politécnicos recebam mais ‘kits’ da CVP sempre que o solicitem.
No ensino secundário, o início dos rastreios coincide com o primeiro dia de aulas, como tem acontecido nos restantes níveis de ensino que já regressaram, e deverá prolongar-se até sexta-feira. No entanto, ao contrário dos colegas mais novos, os estudantes do 10.º ao 12.º ano também serão testados à covid-19, além dos professores e funcionários.
Segundo adianta o jornal Público, a maioria das instituções de ensino superior vai manter um sistema misto de ensino, com aulas presenciais e outras à distância, com os alunos divididos por turnos.
Esta informação é corroborada pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, órgão que abrange as universidades portuguesas públicas. “Tirando algumas excepções que não devem ser confundidas com o todo, as universidades irão retomar as actividades nos mesmos moldes em que decorreu todo o primeiro semestre deste ano lectivo. Ou seja, em regime de ensino misto, com turmas divididas por turnos entre ensino presencial e a distância, privilegiando sempre que possível a realização presencial das aulas práticas”, indica o presidente do CRUP e reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira.
Já nos politécnicos, está previsto um modelo de regresso faseado, sendo dada prioridade a algumas áreas onde se crê ser mais necessário haver aulas presenciais, sendo que os cursos de ciências empresariais e humanidades deverão apenas regressar entre 26 de abril e 3 de maio.
De acordo com o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Pedro Dominguinhos, para as áreas da saúde, das engenharias, do desporto ou das artes performativas, é fundamental o ensino presencial”, assim como “na enfermagem, na fisioterapia ou entre outros das tecnologias da saúde”, onde “a componente prática e laboratorial é essencial”.
Segundo adianta o Público, para além dos alunos que necessitam de aulas práticas e laboratoriais, também os estudantes do primeiro ano da generalidade dos cursos deve regressar nesta segunda-feira ao ensino presencial.