A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira na generalidade, as iniciativas que defendiam a possibilidade de realização de exame para melhoria da classificação interna no ensino secundário, iniciativas apresentadas por PSD, CDS-PP e pelo Pessoas-Animais-Natureza (PAN).
Esta é uma opção atualmente vedada devido à pandemia, e que contou, na Assembleia, com com votos contra do PS S e a abstenção de dois deputados socialistas, Miguel Costa Matos (secretário-geral da Juventude Socialista) e Filipe Pacheco.
O Governo decidiu manter este ano as medidas excecionais no acesso ao ensino superior implementadas no ano letivo passado, designadamente ao nível dos exames finais do secundário, que naquele ano deixaram de ser contabilizadas na média da avaliação interna, servindo apenas como provas de ingresso.Momentos antes, no debate das iniciativas, a deputada Bebiana Cunha (PAN) caracterizou a decisão política do Governo como “injusta” para com os estudantes. Da mesma opinião foi o deputado do PSD e líder da Juventude Social Democrata, Alexandre Poço, que sublinhou “a aprendizagem da experiência do ano letivo anterior, no que diz respeito à realização e organização dos exames nacionais”, lamentando que o Governo não apresente “uma justificação lógica para que esta proibição se mantenha”.
“O desnorte é tão grande que hoje mesmo o PS apresenta um projeto de lei, com o qual concordamos e votaremos a favor, para permitir aos alunos do ensino superior o acesso a todas as fases e épocas de exame possíveis, mas de forma surpreendente o mesmo PS nega esse direito aos alunos do ensino secundário que pretendem realizar exame de melhoria”, apontou citado pelo SAPO.
Pelo CDS-PP, Ana Rita Bessa defendeu que “uma decisão que foi tomada de forma errada o ano passado continua errada este ano”.
Aprovado ficou também o projeto de lei do PCP, com medidas de reforço dos apoios sociais e financeiros para alunos do ensino superior, que contou com votos contra de PSD e CDS e abstenções de Chega e Iniciativa Liberal.