O Governo aprovou, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros aumentos de dez euros para os salários até 683,13 euros na Função Pública e de 0,3% para todos os outros.
“Os trabalhadores que aufiram a base remuneratória da Administração Pública ou cujo valor da remuneração base mensal se situe até ao valor do montante pecuniário do nível cinco da Tabela Remuneratória Única (TRU) terão, em 2020, uma atualização de dez euros, sendo a remuneração dos trabalhadores que não se encontrem nesta condição atualizada em 0,3%“, explicou o Governo, referindo que os reforços em questão são retroativos a janeiro.
Segundo adianta o ECO, esta atualização tem sido considerada “ofensiva” pelos sindicatos, tendo a Frente Comum já marcado uma greve nacional para 20 de março, em resposta a estes aumentos “ofensivos”, tendo também a Federação dos Sindicatos da Administração Pública anunciado uma ação de protesto: vão devolver os aumentos em mealheiros.
Já o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) disse ao ECO que o desafio que lançou aos sindicatos para uma “grande manifestação” contra o Governo não foi respondido — “não fez eco –, daí que, por agora, não avance com nenhuma forma de luta.
Questionada sobre esta contestação, a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, sublinhou que esse é “um direito dos trabalhadores” e frisou que os aumentos em causa foram “os possíveis do ponto de vista orçamental”.