O último balanço das autoridades ucranianas, apontava para a morte de mais de 350 civis, incluindo crianças.
A agência de direitos humanos das Nações Unidas disse que, até terça-feira, tinha registado a morte de 136 civis, incluindo 13 crianças, e mais de 400 feridos desde o início da invasão, reconhecendo, contudo, que o número de mortos e de feridos seria “muito mais elevado” do que o que pode verificar.
Nos primeiros seis dias da invasão, que hoje entra no seu sétimo dia, a Rússia destruiu centenas de infraestruturas de transporte, casas residenciais, hospitais e jardins de infância na Ucrânia, segundo o relatório oficial.
“Hoje, os principais esforços dos socorristas têm por objetivo salvar pessoas”, disse o SES, que admitiu a morte de uma dezena de socorristas.
O SES disse que os socorristas salvaram mais de 150 pessoas e que mais de 500 foram retiradas de locais onde corriam perigo, foram extintos mais de 400 incêndios e desativados 416 engenhos explosivos, adianta o SES.
A Ucrânia apresentou uma ação judicial contra a Rússia no Tribunal Internacional de Justiça da ONU, em Haia (Países Baixos), lembrou a Ukrinform.
O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, anunciou a abertura “o mais depressa possível” de uma investigação a alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade no conflito que assola a Ucrânia desde 2014.
A Rússia lançou na quinta-feira passada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e de pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, desde o início da invasão da Ucrânia.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.