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‘Cesário Verde – Poeta de Oeiras’ traz ”Ciclo de Masterclasses Cesário Verde. O sentimento Dum Ocidental”

O Município de Oeiras promove o ciclo ‘Cesário Verde – Poeta de Oeiras’, de 25 de fevereiro a 23 de abril, no Templo da Poesia do Parque dos Poetas, em Oeiras. Este tributo contará com um conjunto de atividades presenciais e online, como masterclasses, maratonas de leitura, cursos, espetáculos, exposições e ateliers dedicados a Cesário Verde.

Este poeta (1855-1886) criou uma obra inovadora que rompeu com a tradição da época, sendo rejeitada pela crítica e incompreendida pelos seus pares.  O seu reconhecimento viria muito depois da sua morte, a partir da edição póstuma de ‘O Livro de Cesário Verde’, com Fernando Pessoa a apelidar Cesário Verde de “mestre” no início do século XX.

Programa

  • O Café dos Poetas – Cesário Verde

25 de fevereiro | 18h
Local: Templo da Poesia
Presencial e online no Facebook Oeiras27

O Café dos Poetas é um lugar de conversa, partilha e divulgação da palavra. Esta sessão, dedicada a Cesário Verde, tem como convidados Fernando Pinto do Amaral, Elisabete Marques e Manuel João Vieira. Filipe Valentim estará ao piano e o anfitrião será Nuno Miguel Guedes.

  • Espetáculo “Um Espelho a Passar Por Uma Estrada” 

25 de fevereiro | 21h30
Recital encenado sobre Cesário Verde
Local: Auditório do Templo da Poesia
Presencial

A poesia de Cesário Verde reflete a realidade como um espelho a passar por uma estrada já que a organização mais característica dos seus poemas é precisamente a narrativa de passeios aparentemente casuais em que um observador vai registando o ambiente mutável e miscelânea que se lhe depara.

A exegese de Hélder Macedo em torno da poesia de Cesário Verde inspira um espetáculo que propõe um passeio ou flânerie em torno da poesia, biografia e receção crítica do poeta oitocentista, considerado um mestre pela geração de Orfeu.

Nesta jornada – que poderia definir-se como um recital poético e musical encenado – os espetadores são acompanhados pela atriz Rute Lizardo e pela guitarra e objetos sonoros do músico e compositor Nuno Cintrão. Paragem obrigatória no extraordinário “O sentimento de um Ocidental” ou na Quinta de Linda-a-Pastora onde Cesário se refugiava do bulício da capital.

Ficha Artística e Técnica
Texto e direção: Paulo Campos dos Reis
Interpretação: Nuno Cintrão e Rute Lizardo
Música original: Nuno Cintrão
Figurinos: Artur de Campos
Direção de Produção: Ricardo Soares

Entrada Livre
Informações e reservas: Templo da Poesia – 210 977 437
templodapoesia@oeiras.pt ou ana.jardim@oeiras.pt 

 

  • Ciclo de Masterclasses Cesário Verde. O sentimento Dum Ocidental

2 de março a 22 de abril | 21h30
Local: Auditório do Templo da Poesia
Presencial e online no Facebook Oeiras27

O objetivo do presente Ciclo é tentar perceber o seguinte: porquê ler Cesário Verde hoje? Que tem ele para nos dizer? Que desassossego ainda provoca? Para isso convidamos uma série de autores para refletirmos de que forma é que a poesia de Cesário tem lugar no século XXI, que ecos produziu nos que o continuam a ler e nos que escrevem e o escrevem. A moderação deste ciclo é do Nicolau Santos.

As sessões têm lugar no Auditório do Templo da Poesia em registo presencial e são emitidas online a partir da página de Facebook do Oeiras27.

2 de março | 21h30 – Cesário Verde teria um prego cravado no coração?
Convidado: Paulo José Miranda

16 de março | 21h30 – Cesário Verde foi um poeta da cidade?
Convidado: Pedro Freitas

23 de março | 21h30 – Cesário Verde foi um poeta do feminino?
Convidado: Francisca Camelo

30 de março | 21h30 – Cesário Verde era azul?
Convidado: Paulo Campos dos Reis

13 de abril | 21h30 – Cesário Verde tinha olhos de artista?
Convidado: Jaime Rocha

22 de abril | 21h30 – Cesário Verde foi um poeta enfermo?
Convidado: João Luís Barreto Guimarães

Informações e reservas: Templo da Poesia – 210 977 437
templodapoesia@oeiras.pt ou ana.jardim@oeiras.pt

 

  • Exposição CESÁRIO VERDE. POETA DE OEIRAS

4 de março a 23 de abril
Local: Templo da Poesia

Esta Exposição procura dar aos visitantes uma noção de alguns aspetos da vida e da obra do poeta Cesário Verde (1855 – 1886), implicando uma leitura contemporânea e transversal do que ambas – vida e obra – podem hoje significar para nós.

Infelizmente, sabemos que a grande maioria do espólio documental do poeta terá ardido no incêndio da casa de Linda-a-Pastora, em 1919, o que dificulta a reconstituição da sua vida. Ainda assim, convocam-se alguns elementos iconográficos capazes de permitir uma abordagem contextualizada de Cesário, envolvendo a sua relação com a família, amigos e outros contemporâneos, mas igualmente a sua ligação com a cidade de Lisboa e com a já referida quinta de Linda-a-Pastora, numa perspetiva integradora.

  • Curso Breve sobre Cesário Verde

5, 12, 19 e 26 de março | 15h – 17h
2 e 9 de abril | 15h – 17h
Local: Templo da Poesia | Sala Pessoa
Presencial

Este curso pretende, ao longo de seis sessões, ler a poesia de Cesário Verde, partindo da análise de alguns dos poemas mais significativos do seu percurso literário. Essa leitura convocará, sempre que pertinente, aspetos relacionados com o contexto sociocultural em que o poeta viveu, com as vicissitudes da sua edição e com aquilo que é o legado de um poeta que foi cedo considerado mestre e precursor.

Cada uma das sessões terá como ponto de partida a análise atenta de um poema, aconselhando-se a leitura prévia, assim como a aquisição de uma edição da obra poética de Cesário Verde.

Orientadores: Joana Meirim (3 sessões) e Fernando Cabral Martins (3 sessões)
Duração total do curso: 6 sessões (2 horas cada)
Número total de participantes por sessão: 25 – sujeito a inscrição

5 de março | 15h – 17h
Sessão 1 (Joana Meirim) – “Deslumbramentos”
Depois da receção hostil de “Esplêndida”, Cesário publica “Deslumbramentos” em 1875. Será que é neste poema que consegue escapar à influência de Baudelaire e assim evitar as farpas de Ramalho Ortigão?

12 de março | 15h – 17h
Sessão 2 (Joana Meirim) – “Contrariedades”
“Contrariedades” é o grande poema português sobre poesia. Nele o poeta prefere o rigor dos seus alexandrinos e despreza as modas do comércio literário, mesmo que isso implique pouca ou má publicidade. Nele figura também uma engomadeira, doente e votada ao desprezo. Mas afinal quem é o mais coitado deste poema?

19 de março | 15h – 17h
Sessão 3 (Joana Meirim) – “Num bairro moderno”
Com 22 anos apenas, Cesário escreve “Num bairro moderno” e a imprensa desdenha falando em “poesia da hortaliça”. Também nele se destaca a figura pouco poética da vendedora de fruta, que recebe a ajuda do poeta no transporte da sua giga. Será esta “pobre caminhante” a musa inesperada que lhe permite ter visões de artista?

26 de março | 15h – 17h
Sessão 4 (Fernando Cabral Martins) – “Cristalizações”
Escrito em 1878, um ano depois de “Num bairro moderno”, é um poema que parece de teor realista, composto por motivos e personagens citadinas. No entanto, retira do apuro formal que é marca da sua arte, bem como da originalidade dos seus processos, novas versões da realidade.

2 de abril | 15h – 17h
Sessão 5 (Fernando Cabral Martins) – “O Sentimento dum Ocidental”
Este poema é de importância maior para a poesia portuguesa, embora a crítica do seu tempo não lhe ligue nenhuma. Tendo sido publicado em 1880, no quadro das celebrações do tricentenário da morte de Camões, constitui, entre muitas outras coisas, o avesso perfeito de um canto épico.

9 de abril | 15h – 17h
Sessão 6 (Fernando Cabral Martins) – “Nós”
O último poema que Cesário publica, em 1884, de matriz autobiográfica, refere a vida no campo da família Verde, refugiada de uma Lisboa assolada pela doença. Aí comparecem os temas da vida bucólica, da memória, do tempo, da ilusão, da metamorfose, num tom absolutamente singular, situado entre a nostalgia e o entusiasmo.

Joana Meirim é professora auxiliar convidada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Universidade Católica Portuguesa, tendo aí desenvolvido, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, o projeto Lugares de O’Neill. Tem publicado artigos sobre literatura portuguesa em revistas e volumes coletivos.  Recentemente editou um volume de entrevistas de Alexandre O’Neill (Tinta da China, 2021) e coorganizou um livro sobre o ensino da literatura (IELT-Nova FCSH, 2021).

Fernando Cabral Martins organizou um Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, em 2008. Coordena, desde 2012, o site Modern!smo.pt. Além de artigos sobre literatura e arte, publicou os seguintes livros: Cesário Verde ou a Transformação do Mundo, 1988; O Modernismo em Mário de Sá-Carneiro, 1994; O Trabalho das Imagens, 2000; Julio, o Realismo Mágico, 2005; Introdução ao Estudo de Fernando Pessoa, 2014; Mário Cesariny e o Virgem Negra, 2016; Cinzareia, 2021. Publicou também livros de ficção.

Informações e reservas: Templo da Poesia – 210 977 437
templodapoesia@oeiras.pt ou ana.jardim@oeiras.pt

 

  • MARATONA VERDE

21 de março | 14hh – 22h
Local: Auditório do Templo da Poesia
Presencial

No Dia Mundial da Poesia terá lugar, no Auditório do Templo, uma Maratona da Leitura sobre o Cesário Verde. O objetivo desta iniciativa é celebrar e festejar este grande poeta que fez de Oeiras e do mundo a sua casa e que está representado no Parque dos Poetas.

Ao invés de se fazer uma leitura integral da poesia de Cesário Verde, é apresentada uma proposta que antologia um conjunto de poemas, cartas, apreciações críticas/ensaísticas ou verbetes biográficos que componham um retrato de Cesário Verde, capaz de seduzir novos leitores para redescoberta da sua obra.

Esta Maratona decorre sob a direção de Paulo Campos dos Reis.

Informações e reservas: Templo da Poesia – 210 977 437
templodapoesia@oeiras.pt ou ana.jardim@oeiras.pt

 

  • Espetáculo “O Cesário Não Está Verde”

23 de abril | 21h30
Local: Auditório do Templo da Poesia
Presencial e online no Facebook Oeiras27

Portugal, sempre ouvimos dizer, é um país de poetas. Também e ainda bem. Mas nenhum tão improvável como Cesário Verde (1855 -1886).

Em tom provocador, o título deste espetáculo pretende ser uma chamada de atenção para a importância da sua obra, curta por força das circunstâncias, já que o poeta morreu de tuberculose aos 31 anos. Ao vivo, o ator André Gago e o letrista e jornalista Nuno Miguel Guedes (ambos membros da Lisbon Poetry Orchestra) irão propor, através dos poemas e de diálogo, dar a conhecer uma escrita e visão poética absolutamente moderna.

Ficha Técnica
André Gago – Voz
Nuno Miguel Guedes – Voz
Fernando Pinto do Amaral – Voz
Francisco Ramos – Violino
Fernando Sá – Violino
João Paulo Gaspar – Viola d’arco
Tiago Rosa – Violoncelo
Alexandre Cortez – Conceção do espetáculo e vídeo arte
Sara Braz Ferreira – Som
João Quintela – Iluminação
Miguel Berger – Produção executiva

Entrada Livre
Informações e reservas: Templo da Poesia – 210 977 437
templodapoesia@oeiras.pt

Templo da Poesia: R. José de Azambuja Proença, 2780-257 Oeiras

Programação sujeita a alterações.

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