Os preços das botijas de gás estão a subir em flecha e a bater máximos históricos. Dois terços das famílias portuguesas que ainda dependem do gás engarrafado, butano ou propano, e não têm acesso ao gás natural, que também viu o seu preço aumentar, tanto no mercado regulado, com a ERSE a ditar uma subida de 0,3% a partir de outubro, e várias comercializadoras do mercado livre a seguirem o exemplo e a atualizarem a suas tarifas de gás natural, como a Galp e a EDP.
Segundo o site da Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE), citado pelo ECO, o preço do propano estava esta segunda-feira, 6 de dezembro, a bater recordes nos 2,665 euros por kg. Significa isto que, uma botija de 11 kg de gás propano estava a custar 29,31 euros e uma de 45 kg chegava os 120 euros.
No butano, diz a ENSE, que o preço de venda ao público estava nesta segunda-feira estava nos 2,244 euros por kg. Assim, uma botija de 13 kg de butano, a mais comum nos lares portugueses, ao dia de hoje estava a valer um valor inédito de 29,17 euros.
A culpa é dos preços do petróleo nos mercados internacionais, que têm estado também em alta.
Neste preciso momento, e depois da medida travão para conter as margens nos combustíveis e no gás engarrafado ter passado na Assembleia da República, a ERSE está em processo de criar a regulamentação específica para o efeito, que permita operacionalizar a medida e que será colocada em consulta pública e do conselho para os combustíveis.
Só depois disto a medida-travão poderá ser usada, e sempre por iniciativa da ERSE, quando verificar que há margens que fogem ao razoável, tanto no gás, como nos combustíveis. Aí, faz então uma proposta ao Governo que fixa os máximos por portaria, consultando sempre a Autoridade da Concorrência.