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Governo avalia estragos provocados pelo mau tempo de domingo e admite apoios aos agricultores

O Ministério da Agricultura já começou a avaliar os efeitos provocados pelo mau tempo do último domingo, dia 31 de maio, e admite possibilidade de usar medida 6.21 de Prevenção de Calamidades e Catástrofes Naturais, de modo a poder apoiar os produtores afetados, através de uma linha de crédito bonificado.

Num comunicado citado pelo Jornal ECONÓMICO, o Governo informa que o “Ministério da Agricultura está a avaliar no terreno os efeitos provocados pelo temporal de domingo”, que afetaram sobretudo a região Norte e a região Centro, de modo a identificar os prejuízos e as culturas afetadas. “Estão a ser estudadas medidas que visam minimizar os prejuízos que vierem a ser quantificados e traçar soluções”, dando como exemplo “a criação de uma linha de crédito bonificado para apoiar os produtores que sofreram uma forte quebra na produção provocada pelas condições meteorológicas adversas”, adianta a mesma nota.

 

Maria do Céu Albuquerque admite a possibilidade de utilizar a medida 6.2.1 de Prevenção de Calamidades e Catástrofes Naturais, que permite “apoiar investimentos destinados a reduzir ou prevenir o impacto de catástrofes naturais, fenómenos climáticos adversos ou acontecimentos catastróficos”., cita o ECONÓMICO

 

A ministra assinala ainda que está agendada, para 16 de junho, uma reunião ordinária da Comissão de Acompanhamento do Sistema dos Seguros Agrícolas, no âmbito da qual está previsto analisar este tipo de situações, e encontrar formas para que um maior número de produtores adira aos seguros agrícolas.

 

A Associação Distrital de Agricultores de Castelo Branco (ADACB) reivindicou esta terça-feira a declaração de estado de calamidade pública e exigiu a adoção de medidas urgentes de apoio aos agricultores afetados pelo mau tempo que se registou no domingo na região.

 

Os agricultores frisam que se registou uma tempestade, “como não há memória nesta época do ano”, que fustigou a região e destruiu a produção agrícola. “Vento, chuva e granizo intensos dizimaram as culturas de primavera/verão deste ano, nomeadamente os pomares (cereja, pêssego, pereira, macieira, ameixeira, damasqueiro, figueiras) olival, vinha e hortas. As culturas de outono/inverno, como aveia, azevém, trigo e feno, e os cereais de primavera/verão (milho e sorgo) foram também seriamente afetados”, apontam.

 

A informação salienta que “a violência do temporal foi tão grande” que “os pomares, olival e vinha serão afetados na produção do próximo ano”.

 

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