O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, mostrou disponibilidade para o alargamento do uso certificado digital a mais regiões e como medida geral. Esta proposta foi apresentada na reunião do Infarmed e, segundo o governante, “faz sentido que possa ser alargado a outras regiões e municípios e assim facilitar a vida não apenas aos utentes mas também aos restaurantes”, afirmou.
Segundo Pedro Siza Vieira, a medida pode também vir a permitir o alargamento de horários e de setores atualmente fechados nos concelhos de risco elevado como casinos.
Falta agora, segundo adianta o Jornal i, entrar em acordo sobre os setores em que os certificados poderão vir a ser utilizados e em que medida os horários serão alargados, sendo a proposta dos peritos não haver restrições horárias e generalizar a utilização dos certificados por rotina no acesso a espaços públicos.
Alguns países, até para combater a maior relutância vacinal, têm avançado nesse sentido, dando um período até à entrada em vigor da medida e com exclusões, nomeadamente de crianças.
Por cá, a proposta em cima da mesa é a generalização dos certificados até aqui pedidos no acesso a eventos, hotéis e alojamento local em todo o país e em restaurantes apenas nos concelho de risco elevado e muito elevado, faltando saber se o Governo avança com a regra em mais setores, que os especialistas não fecharam de forma exaustiva, e se decide a reabertura de outros e com que velocidade.
A abertura de bares e discotecas e o regresso de público aos estádios são duas incógnitas. Na proposta de continuidade de desconfinamento entregue ao Governo, prevê-se a abertura de bares com regras equiparadas à restauração e, quanto à questão das discotecas, fechadas desde o início da epidemia, está ainda a ser equacionada.
Quanto aos estádios, não foi referido o futebol em particular, mas a proposta dos peritos na primeira de quatro etapas até ao levantamento da maioria das restrições é de 50% de lotação em recintos de grande dimensão. Para já foi confirmada a autorização de 33% da capacidade na final da Supertaça este sábado no Estádio de Aveiro, com 10 mil adeptos nas bancadas. Além da exigência de certificado de vacinação ou teste negativo, será medida a febre à entrada.
O fim das restrições de horários e da proibição de circular a partir das 23h, que atualmente vigora em 116 concelhos, era ontem encarado como o cenário mais provável. A decisão sobre a matriz de risco daqui para frente – e se o Governo adota a proposta de nova linha vermelha defendida pelos peritos (480 casos por 100 mil habitantes a 14 dias) – é outra decisão esperada esta quinta-feira.