Esta quinta-feira, dia 20 de maio, haverá greve da Função Pública, o que pode afetar fortemente o funcionamento dos estabelecimentos de ensino, já que está prevista uma “grande adesão” por parte do pessoal não docente.
Sebastião Santana, líder da Frente Comum, disse em declarações à Multinews que “as escolas têm por parte da Federação Nacional do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública um aviso prévio para os trabalhadores não docentes e prevemos que haja uma grande adesão”.
A expectativa da Frente Comum é de que haja também grande adesão por parte de autarquias e em alguns serviços centrais da administração pública, como a segurança social ou finanças.
“Estamos à espera de um grande impacto nos diversos setores, incluindo as escolas, onde se espera uma forte adesão por parte do pessoal não docente”, esclareceu Sebastião Santana.
Esta situação levou a que algumas escolas estejam já alertar os pais desta situação, dada a possibilidade de não ser garantido o normal funcionamento, devido à perspetiva de adesão dos funcionários.
Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, também admite o impacto que, a confirmar-se esta “forte adesão”, a greve terá no normal funcionamento das instituições de ensino. “É uma greve que afeta muito as escolas, há algumas que deverão fechar e os alunos terão de ficar em casa e nesse caso os pais também, se se tratarem de alunos do primeiro ciclo e alguns do segundo”, disse citado pela Multinews.
O responsável afirma que se a adesão for forte como já tem sido, a greve irá levar ao fecho das escolas, ou pelo menos, a um anormal funcionamento.“Prevejo que de facto cause transtorno ao normal funcionamento das escolas e também aos pais e alunos”, concluiu Filinto Lima.
Os trabalhadores da Administração Pública estão em luta na quinta-feira, com uma greve e uma concentração, pela valorização dos salários e das carreiras, que serão o primeiro protesto no setor desde o início da pandemia da covid-19.