Foi há precisamente dois anos que, no Hospital de São João, no Porto, um médico infecciologista recebeu a primeira vacina contra a covid-19 em Portugal. Desde esse dia, 26,5 milhões de doses foram administradas.
Decorria o dia 27 de dezembro de 2020, e era administrada a primeira de um lote de 9.750. O primeiro lote de vacinas tinha chegado a Portugal no dia anterior e tinha sido desenvolvido pela Pfizer-BioNTech. Por as vacinas serem ainda poucas a nível mundial o primeiro lote foi destinado a profissionais de saúde, mais expostos à covid-19, conta o Diário de Notícias.
Posteriormente, as vacinas começavam a chegar com mais regularidade a Portugal, e começaram a ser administradas, primeiro para pessoas de grupos considerados prioritários (como pessoas idosas, com doenças, ou profissionais de saúde, trabalhadores de lares e de serviços essenciais) mas depois alargadas a toda a população.
Há dois anos, nesta data, a covid-19 já tinha provocado 6.556 mortes, dos 392.996 casos de infeção confirmados, segundo os dados de então da Direção-Geral da Saúde.
A vacina foi nos últimos dois anos administrada a quase todas as faixas etárias (a partir dos cinco anos), com todas as pessoas com mais de 25 anos a terem recebido pelo menos uma dose, e foram dadas doses de reforço.
A modalidade continua também disponível para grupos profissionais prioritários (com recurso a senhas digitais) e para a vacinação e reforço de pessoas entre os 18 e 59 anos e vacinação primária acima dos 12 anos.
O reforço da vacina contra a covid-19 define como grupos prioritários pessoas com 60 ou mais anos; grávidas com idade igual ou superior a 18 anos e doenças definidas pela norma publicada pela Direção-Geral da Saúde; pessoas com 12 ou mais anos com patologias de risco, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e profissionais de Estabelecimentos Prisionais.
Atualmente estão disponíveis em Portugal oito tipos diferentes de vacinas e segundo o Ministério da Saúde, nos dois anos do programa de vacinação, entre primeiras doses e doses de reforço, foram administrados 26,5 milhões de doses.
De acordo com estimativas internacionais, as vacinas permitiram salvar cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que as vacinas preveniram 1,2 milhões de infeções e evitaram cerca de 12 mil mortes.