A Talkdesk, empresa que integra a Comunidade IST Spin-off, anunciou esta quinta-feira o levantamento de uma ronda de investimento série D no valor de 230 milhões de dólares (196 milhões de euros). Com esta entrada de capital, a valorização da Talkdesk dispara para além dos 10 mil milhões de dólares (cerca de 8,5 mil milhões de euros). O unicórnio criado por dois alumni do Técnico passa a estar entre as empresas privadas mais valiosas do sector de SaaS (software como um serviço) e da indústria de software.
A nova ronda de financiamento trouxe para a empresa novos investidores, como a Whale Rock Capital Management, TI Platform Management e Alpha Square Group, mas contou também com investidores já existentes, como Amity Ventures, Franklin Templeton, Top Tier Capital Partners, Viking Global Investors e Willoughby Capital.
O capital vai servir para a Talkdesk impulsionar a segunda década de crescimento, continuando a apostar forte na expansão internacional. O objetivo é liderar as inovações de produtos relacionados com a experiência do cliente.
“Estamos gratos pela confiança contínua na nossa estratégia e cada dia mais determinados sobre a nossa capacidade única de ajudar as empresas a proporcionarem experiências memoráveis aos clientes”, salienta em comunicado Tiago Paiva, fundador e presidente executivo da Talkdesk.
Desde que foi fundado em 2011 por Tiago Paiva e Cristina Fonseca, o unicórnio – empresa avaliada em mais de mil milhões de dólares – já captou mais de 498 milhões de dólares (425 milhões de euros) em financiamento.
Com diz o ditado: uma boa notícia nunca vem só, e neste caso é mesmo assim. A este anúncio junta-se o facto de a empresa estar, pelo terceiro ano consecutivo, na lista anual Forbes Cloud 100, o ranking das 100 maiores empresas privadas na cloud do mundo. A Talkdesk subiu 36 posições em relação à listagem anterior, fixando-se este ano no 17.º lugar.
O processo de avaliação do ranking da Forbes envolveu a classificação de empresas em quatro fatores: a liderança de mercado, com um peso de 35%, a avaliação estimada (30%), métricas operacionais (20%) e pessoas e cultura (15%). Para analisar a liderança de mercado, a listagem conta com o apoio de um painel de júris composto por 34 CEO’s de empresas cloud públicas que ajudam na avaliação e classificação dos seus pares de empresas privadas.
Atualmente, a spin-off do Técnico está presente em vários mercados internacionais, com destaque para os Estados Unidos ou o Reino Unido, tendo expandido a operação, nos últimos anos, até à Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália, México ou para o sudeste asiático. A empresa afirma que continua concentrada também na inovação dos seus produtos, que estão focados em alavancar a experiência do cliente nos centros de contacto, recorrendo à tecnologia.