O ISQ está a apoiar o CERN, o maior Laboratório de Física de Partículas do mundo, localizado na Suíça, com consultoria e ensaios à semi-máscara filtrante que este laboratório está a desenvolver.
Os serviços são prestados no âmbito das recomendações propostas pela União Europeia (UE 2020/403, de 13 de março de 2020), e de acordo com procedimentos de avaliação internacional da conformidade e de fiscalização do mercado, no atual contexto da pandemia COVID-19.
“Trata-se da realização de serviços de consultoria e testes para o desenvolvimento de uma máscara de proteção individual a ser usada pelos funcionários do CERN em ambiente coletivo e não clínico”, refere Rodrigo Pascoal, responsável do ISQ por acompanhar projetos com o CERN ou o ITER na área da fusão nuclear.
“As máscaras filtrantes são submetidas a ensaios previstos na Norma EN 149:2001+A1:2019, nomeadamente, ensaios de inspeção visual, temperatura condicionada, desgaste simulado, teste de desempenho, inflamabilidade, teste de CO2, resistência à respiração, eficiência de filtração e pressão diferencial”, refere André Mendes, Automotive Testin & Process Engineering | LABAUTO | Direção Laboratórios ISQ.
De acordo com as normas europeias, é fundamental que estes EPI (equipamentos de proteção individual) sejam verificados por uma entidade certificadora, que garanta a segurança e proteção dos mesmos face ao coronavírus. A realização de testes aos EPI permite não só minimizar os efeitos do SARS Cov-2 em ambiente laboral, mas também, facilitar e acelerar o uso destes equipamentos desenvolvidos pelo CERN.
“No âmbito da análise de conformidade de máscaras em geral, o ISQ está a apoiar a indústria nacional e internacional, de acordo com as especificações técnicas da Direção-Geral da Saúde e do Infarmed, I.P.”, complementa André Mendes.
Para Pedro Matias, Presidente do ISQ, “isto mostra a enorme capacidade da indústria nacional e nomeadamente de empresas portuguesas subirem na cadeia de valor e prestar serviços de valor acrescentado em qualquer lugar do Mundo e para entidades de referência a nível internacional, como é o caso do CERN, o maior acelerador de partículas”.
De lembrar que o ISQ é parceiro do CERN há vários anos, tendo estado envolvido na prestação de serviços de consultoria, inspeções e ensaios na fase da construção do LHC – The Large Hadron Collider, o maior acelerador de partículas e o de maior energia do mundo, com 27km, atravessando a fronteira franco-suíça. “O LHC constitui uma verdadeira odisseia científica pois visa expandir o conhecimento da humanidade sobre o mundo e o universo e dar resposta a questões como “o que é a matéria?”, “do que é feita?”, “qual é a sua origem?”, “como permanece unida formando objetos tão complexos como as estrelas, os planetas, o ar?”, conclui Pedro Matias.
No LHC participaram 26 engenheiros e inspetores do ISQ, qualificados em diversas especialidades, tendo realizado mais de 200 mil horas de inspeção e testes.
Nos próximos anos o CERN (no qual participam vários países europeus) planeia construir um acelerador circular de partículas quatro vezes maior e dez vezes mais potente que o LHC. Trata-se do FCC – Future Circular Collider, com cerca de 100km e uma energia até 100 TeV [tera-electrão-volts, unidade de medida de energia). Um projeto em que estão envolvidas 1300 pessoas de 150 universidades, centros de investigação, parceiros industriais, contando ainda com o apoio da Comissão Europeia. O custo estimado para o FCC é de 15 mil milhões de euros, prevendo-se a sua conclusão para 2050.
A Europa está, assim, na vanguarda deste setor.
O ISQ integra uma rede de 16 laboratórios credenciados e oferece uma gama diversificada de serviços para a indústria, saúde, comércio, serviços e entidades públicas que precisam de garantir que as suas instalações, equipamentos e produtos cumprem os requisitos de qualidade e segurança e que estão em conformidade com a legislação, normas e diretrizes aplicáveis.