Arrancou esta segunda-feira a atualização das orientações da Direção-Geral da Saúde quanto à testagem durante a pandemia da covid-19.Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde (DGS) informa ter atualizado as normas 015/2020 e 019/2020, ambas concernindo aspetos da testagem à covid-19.
Entre as atualizações está “o alargamento da utilização de testes laboratoriais a todos os contactos (de alto e de baixo risco)” e pela “disponibilização generalizada de testes rápidos de antigénio (TRAg) nas unidades de saúde do SNS”, “implementação de rastreios regulares com TRAg em contextos particulares como nas escolas e setores de atividade com elevada exposição social (trabalhadores de fábricas, trabalhadores da construção civil, entre outros)”.
“A Direção-Geral da Saúde (DGS) acompanha a evidência científica, as recomendações internacionais e o consenso de peritos e parceiros nacionais e internacionais, nas suas recomendações para o combate à pandemia covid-19”, por isso, “revê em permanência as suas recomendações, tendo ainda em atenção o contexto epidemiológico existente”, cita o SAPO.
Também a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha defendido a testagem massiva à covid-19, não descartando a hipótese da realização de testes gratuitos.
“Acompanhamos inteiramente a necessidade de utilizar massivamente testes, desde testes PCR, a testes rápidos de antigénio, até aos testes de saliva”, diz, acrescentando que “já exortamos a Direção-Geral da Saúde a rever as orientações técnicas, considerando para o efeito de realização de testes que devem ser considerados todos os contactos e não restringir a contacto de risco”.
O aumento da testagem tem sido defendido por vários especialistas, sendo considerada a “arma principal” no combate à pandemia.
Idosos, estudantes do secundário e reclusos vão estar sujeitos a testes de 2 em 2 semanas
A Nova Estratégia Nacional de Testes para o SARS-CoV-2, publicada esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) vai impor a realização de testes à covid-19 de duas em duas semanas aos estudantes, professores e funcionários de escolas do ensino secundário, aos idosos em lares, aos trabalhadores de fábricas, da construção civil, aos reclusos e profissionais de estabelecimentos prisionais, bem como aos trabalhadores de outros locais considerados de “elevada exposição social”.
Também Estruturas Residenciais para Idosos, Unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, Instituições Sociais de Acolhimento ou Apoio Social, bem como os Centros de Acolhimento de Migrantes e Refugiados serão sujeitos a rastreios regulares aos residentes, utentes e profissionais de 14 em 14 dias.
Segundo adianta o Executive Digest, estes rastreios regulares serão feitos nos concelhos com mais de 480 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias (o que representa a grande maioria) e serão feitos de 14 em 14 dias, isto é, de duas em duas semanas.