A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) fez saber que existem mais de 500 as escolas com casos confirmados de covid-19. Em comunicado, a Fenprof divulga a lista de escolas com casos confirmados, totalizando 506 os estabelecimentos de ensino, mas admite que o número poderá ser maior.
A Fenprof considerou “irresponsável” e “inaceitável” que o Governo não tenha reforçado “as medidas de prevenção e segurança sanitária” nas escolas perante o atual quadro epidemiológico agravado. “Para que as escolas continuem abertas sem se transformarem num dos principais fatores de transmissão da covid-19, é necessário que, nas salas de aula, seja garantido o distanciamento adequado a observar em espaços fechados e não, apenas, os centímetros possíveis que resultam das normas impostas pelo Ministério da Educação”, propõe a Fenprof.
A Fenprof defende ainda que sejam constituídos pequenos grupos, com a divisão das turmas, não sendo permitida a constituição de grupos com alunos de diferentes turmas, quer em determinadas disciplinas, quer em atividades de ocupação de tempos livres e que sejam contratados mais assistentes operacionais, uma vez que são necessários para assegurar os níveis indispensáveis de limpeza, desinfeção e segurança.
A Fenprof considera igualmente que deve ser reforçado os equipamentos de proteção individual, a realização de testes de diagnóstico perante a existência de casos de infeção e a divulgação de um mapa com as escolas onde existem casos ativos de covid-19.
A Federação anunciou que nos dias 05 e 06 de novembro, vai reunir o secretariado nacional para avaliar toda a situação que se está a viver nas escolas e admite o eventual recurso a formas de luta para dar “expressão à indignação e protesto dos professores e obrigar o governo a assumir as suas responsabilidades”.