Mia Couto, que recentemente foi agraciado com o Prémio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, junta-se ao Café com Letras no dia 28 de outubro, para apresentar a sua mais recente obra ‘Cegueira do Rio’.
O encontro com o escritor moçambicano será, como habitualmente, no Auditório do Templo da Poesia, às 21h.
Sinopse – A Cegueira do Rio
O primeiro incidente militar numa aldeia do Norte de Moçambique marca, em agosto de 1914, o início da Primeira Guerra Mundial no continente africano.
Esse inesperado episódio despoleta, para além disso, uma série de misteriosos eventos que culminam com o desaparecimento da escrita no mundo. Livros, relatórios, documentos, fotografias, mapas surgem deslavados e ninguém mais parece ser capaz de dominar a arte da escrita. Os habitantes dessa aldeia são chamados a restabelecer a ordem no mundo, ensinando aos europeus o ofício da escrita e as artes da navegação.
Saiba mais sobre o convidado e o moderador:
➡️ Mia Couto
Mia Couto nascido em 1955, na Beira, Moçambique, é biólogo, escritor e ex-jornalista. As suas obras estão traduzidas em várias línguas.
Entre outros prémios e distinções, Mia Couto foi galardoado, pelo conjunto da sua já vasta obra, com vários prémios, entre eles o Prémio Vergílio Ferreira 1999, o Prémio União Latina de Literaturas Românicas 2007, o Prémio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura pelo seu romance O Outro Pé da Sereia. Em 2011 venceu o Prémio Eduardo Lourenço, que se destina a premiar o forte contributo de Mia Couto para o desenvolvimento da língua portuguesa.
Em 2013 foi galardoado com o Prémio Camões e com o prémio norte-americano Neustadt. Em 2015 foi finalista do The Man Booker Prize. O seu livro Compêndio Para Desenterrar Nuvens ganhou o Grande Prémio do Conto Branquinho da Fonseca APE | Câmara Municipal de Cascais | Fundação D. Luís I, 2023.
Já em 2024 obteve o Prémio Feira Internacional do Livro de Guadalajara (México).
➡️ Jorge Reis-Sá
Nasceu em Vila Nova de Famalicão em 1977.
Licenciado em Biologia, fundou em 1999 as Quasi Edições, que editou até 2009. Foi, entre 2010 e 2013, editor na Babel. É, desde 2013, editor da Glaciar e consultor editorial de várias instituições e editoras.
Estreou-se em 1999 com um livro de poemas. Desde aí publicou poesia, contos, crónicas e romances. Colabora desde essa altura com a comunicação social, tendo sido cronista da LER e da revista Sábado, entre outras publicações. Editado no Brasil pela Record, viu o seu romance “Todos os Dias” (Dom Quixote, 2006) ser considerado um dos livros do ano pela revista “Os Meus Livros”. Reuniu a sua poesia em 2013 no volume “Instituto de Antropologia”, recentemente editado em Itália.
Em co-autoria com Henrique Cymerman, publicou pela Guerra & Paz “Francisco, de Roma a Jerusalém”, o livro que não só relata a viagem do Papa Francisco à Terra Santa como nos aproxima de uma maneira única da sua pessoa. O próprio Papa Francisco autorizou a edição do livro, permitindo extraordinariamente num volume sobre a sua pessoa a inclusão dos discursos, alocações e homilias por ele feitas durante a viagem. Co-organizou, com Rui Lage, a maior antologia de poesia portuguesa alguma vez feita, “Poemas Portugueses – Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI”. Publicou em 2015, acompanhado pela reedição de “Todos os Dias”, o seu segundo romance, “A Definição do Amor”, ambos na Guerra & Paz, com edição brasileira pela Tordesilhas.
O seu último livro foi publicado já em 2018, a biografia para os mais novos “António Lobo Antunes, O Amor das Coisas Belas (ou pelo menos das que eu considero belas).