O ISQ integra o projeto europeu Safari que visa desenvolver novos materiais 2D, com base na criação de formulações híbridas de MXenes e Grafeno (uma das formas cristalinas de carbono) utilizando processos sustentáveis e seguros, de baixo risco para a saúde humana e ambiental. Os MXenes são um novo grupo de materiais, inorgânicos bidimensionais, descobertos apenas em 2011, mas que podem vir a ser utilizados no futuro próximo nas indústrias da aviação ou da defesa.
“Os materiais 2D tornaram-se um tema atual nos últimos anos devido às suas propriedades físicas, elétricas, químicas e óticas. Desde a primeira descoberta do grafeno, a procura por materiais 2D cresceu bastante. As vantagens são inúmeras: leveza e alta resistência (o que é bom para equipamentos desportivos, aeroespaciais e automóveis); condutividade elétrica e térmica (excelente para painéis solares, baterias, sensores); flexibilidade e transparência (caso de dispositivos médicos) e aplicações de nanotecnologias”, explica o João Laranjeira, da Direção de I&D+i do ISQ.
A abundância e o baixo custo dos elementos de titânio, carbono e alumínio, garantem uma produção economicamente promissora e sem restrições quanto às matérias-primas. No âmbito deste projeto, os novos materiais híbridos serão validados em casos de estudo para biossensores, tinta condutora e blindagem eletromagnética (EMI).
“O ISQ contribuirá para a implementação de estratégias sustentáveis, com enfoque no domínio da segurança e saúde humana e ambiental, desde a fase de design até ao fim de vida destes novos materiais, seguindo o designado safe and sustainable-by-design, framework proposto pela Comissão Europeia”, refere João Laranjeira.
Integram este projeto o Instituto de Tecnologia de Poznań, a Creative Nano, a Universidade de Burgos, o Instituto Tecnológico do Embalaje, Transporte e Logística Itene, AIMEN Centro Tecnológico, Instituto Tecnológico Dinamarquês, IAI – Israel Aerospace Industries, AXIA Innovation GmbH, Metrohm DropSen.