Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Polícias Municipais (SNPM), Pedro Oliveira, espera-se “uma adesão de 90% e com a participação em Lisboa de cerca de 500 agentes”, adiantando ter “cinco autocarros cheios”.
Atualmente, existem cerca de 900 agentes das polícias municipais, a trabalhar em 37 autarquias do país, adianta o SAPO.
Oedro Oliveira garante que estes profissionais se sentem “desrespeitados e menosprezados”, uma vez que “a sua carreira profissional não está a ser valorizada, lembrando que os profissionais “estão a trabalhar com um salário que dista apenas sete euros do ordenado mínimo nacional”.
“A carreira dos polícias municipais no regime geral está por regulamentar desde 2009. Estamos há 13 anos a aguardar pela regulamentação. Nasceu com salários muito parcos, as progressões são lentas e as alterações de escalão muito baixas”, descreveu Pedro Oliveira.
O presidente do SNPM assegura que estes agentes têm sido esquecidos pelos diferentes governos, ao contrário dos outros grupos profissionais de segurança pública.
“O nosso salário no início da carreira era o equiparado ao assistente técnico. Os técnicos superiores foram aumentados e, mais uma vez, se esqueceram dos agentes da polícia municipal”, acrescentou.
Segundo Pedro Oliveira, “não existe na Europa polícia que ganhe menos e que tenha menos respeito por parte da entidade patronal, administração pública. Isto em termos de inflação, agora, torna-se totalmente insuportável”.
Segundo o presidente do SNPM, estima-se que nos últimos tempos abandonaram esta profissão cerca de 400 agentes, assegurando que a falta de condições foi a principal causa para este abandono.
Os agentes concentram-se a partir das 11:30 no Largo de Santos, partindo cerca das 12:00 em marcha de protesto em direção à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento. No dia 03 de outubro, o SNPM será recebido pelo secretário de Estado da Administração Local, Carlos Miguel.
Crédito de Imagem: CM Viseu