No próximo Praça das Liberdades, subordinado ao tema ‘Inteligência Artificial: Ciência, Sociedade e Indivíduo’, iremos refletir sobre os múltiplos problemas que a IA e sua antropomorfização levantam, nomeadamente, sobre as questões que se encontram ligadas à tecnologia, medicina, justiça, e à ética, disciplina transversal a todas as outras aqui enumeradas.
A Inteligência Artificial (IA) tem como objetivo que uma máquina manifeste competências semelhantes às humanas como o raciocínio, a aprendizagem, o planeamento, a tomada de decisões, a resolução de problemas e a criatividade, sem intervenção humana.
Durante muito tempo pensou-se que as máquinas nunca poderiam vir a desenvolver estas características, a não ser na ficção científica, pois a inteligência analítica, criativa, crítica e emocional era algo considerado exclusivamente humano. No entanto, hoje reconhece-se o enorme potencial da IA, pois com ela começam-se a transformar múltiplos aspetos da sociedade e da economia, ajudando a solucionar problemas complexos, por vezes, de forma mais eficiente, rápida e precisa do que os seres humanos.
Estamos num ponto sem retorno, e o nosso futuro passará naturalmente pela incorporação da inteligência artificial, na vida diária, seja profissional, seja pessoal. A ideia da existência de máquinas “pensantes” e que tomem decisões pelos Humanos levanta uma série de questões éticas, nomeadamente ao nível da substituição do homem em determinadas tarefas, pelo que a regulamentação da sua utilização parece urgente.
No próximo Praça das Liberdades, iremos refletir sobre estas e outras questões associadas à IA.
Com a habitual moderação de Nicolau Santos e os convidados Diana Prata (UL), Luís Manuel Bernardo (UNL-FCSH), Luís Moniz Pereira (UNL-FCT) e Vera Lúcia Raposo (UNL-NSL).
BIOGRAFIAS:
Luís Moniz Pereira
É Professor Catedrático Emérito da Universidade Nova de Lisboa, docente aposentado do Departamento de Informática e membro integrado do NOVA Laboratory for Computer Science and Informatics (NOVA-LINCS). Presidente fundador da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial(APPIA) em 1984, eleito Fellow da Associação Europeia de IA (EurAI) em 2001, e doutorado Honoris Causa pela U. T. de Dresden em 2006. Recebeu os prémios: Ciências Lógicas-Dedutivas da Fundação Gulbenkian em1984, Boa Esperança da FCT/MCTES em 1994, Estímulo à Ciência da FCT/MCTES em 2005, e Medalha Nacional de Mérito Científico em 2019. A sua investigação foca-se na representação do conhecimento e raciocínio, na programação em lógica, nas ciências cognitivas e na teoria dos jogos evolucionários.
Luís Manuel Bernardo
É Professor Associado com Agregação do Departamento de Filosofia. As suas principais áreas de ensino, orientação, avaliação, investigação e publicação são a História da Filosofia, a Filosofia do Conhecimento e da Linguagem, a Filosofia Moral e Política e a Filosofia da Cultura (incluindo Filosofia da Educação).
Especialista da filosofia de Eric Weil, interessa-se, em particular, pelo modo como textos, discursos, controvérsias, sistemas, com teor filosófico, sobretudo a partir do século XVIII, procuram definir os sentidos da Modernidade. Pratica uma hermenêutica híbrida, comprometida com a historicidade, que associa perspetivas oriundas da Filosofia do conhecimento, da linguagem e da cultura. Membro do corpo editorial de várias revistas e coleções, tem publicado diversos livros, artigos e traduções nas suas áreas de intervenção, desenvolvendo um diálogo sistemático com as propostas filosóficas da tradição crítica continental, bem como da filosofia em Portugal. Pertence a várias sociedades científicas, participando regularmente em encontros científicos e levando a cabo missões de ensino de âmbito nacional e internacional.
Diana Prata
Tem uma bolsa-projeto Marie Curie, e, como investigadora-FCT, é líder do Grupo de Neurociência Biomédica do Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica da Universidade de Lisboa (depois de 12 anos no King’s College de Londres) onde criou um grupo de investigação em neurociências. É, também, professora visitante no King’s College de Londres e no ISCTE, em Lisboa. Em 2017, ganhou um terceiro prémio das Ações Marie Curie como cientista mais promissora em «Inovação e Empreendedorismo». O seu laboratório dedica-se ao estudo da biologia do comportamento humano, que pretende traduzir na melhoria dos modelos etiológicos e terapêuticos de algumas doenças neuropsiquiátricas. É também Chief Scientific Officer e cofundadora da empresa NeuroPsyAI.
Vera Lúcia Raposo
Vera Lúcia Raposo é licenciada, mestre e doutora em Direito, todos estes graus obtidos na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal).
Atualmente é Professora Auxiliar de Direito e Tecnologia na NOVA School of Law (Portugal) e colaboradora a tempo parcial do Centro de Ética e Direito Médico da Universidade de Hong Kong (China).
No passado, lecionou na Universidade de Macau (China), na Universidade de Coimbra (Portugal) e na Universidade Agostinho Neto (Angola). Foi também advogada da Sociedade de Advogados Vieira de Almeida e Associados, em Lisboa, nos departamentos de Direito da Saúde e Direito da Privacidade.
Vera Lúcia Raposo é oradora frequente em eventos académicos em todo o mundo e membro do Conselho Editorial do European Journal of Health Law. É autora de vários estudos em português, inglês e espanhol (alguns traduzidos para chinês), particularmente sobre Direito Biomédico.
Presencial e transmitido por streaming no Facebook do Município de Oeiras e no Facebook das Bibliotecas Municipais de Oeiras.Informações: livraria.verney@oeiras.pt | tel: 21 440 83 29