Os preços dos combustíveis vão, esta segunda-feira, sofrer uma descida, que pode chegar aos dez cêntimos por litro. Segundo a CNN, atestar um depósito de 50 litros hoje pode custar menos quase cinco euros do que ontem.
Esperam-se descidas de 10 cêntimos na gasolina e de 9 cêntimos no gasóleo. Os preços deverão entrar hoje em vigor, contudo, só amanhã podem ser oficialmente confirmados.
Na base desta descida estão os preços dos produtos petrolíferos, quer dos produtos refinados, quer da matéria-prima, Segundo a CNN, na semana passada o mercado fechou com a cotação internacional do petróleo (medida pelo índice Brent) pouco acima dos 94 dólares, valor semelhante ao que se verificava a 23 de fevereiro, véspera da invasão da Ucrânia pela Rússia.
A gasolina simples 95 deverá hoje ser vendida a um preço médio abaixo dos 1,8 euros por litro, o valor mais baixo desde o início de fevereiro, isto é, ainda antes da guerra.
Já a descida do preço do gasóleo, levará a que hoje deva ser vendido num valor a roçar os 1,75 euros por litro (o mais baixo desde o final de fevereiro).
Estas descidas dos preços finais não significam, no entanto, que os preços dos combustíveis estejam idênticos aos que se verificavam em fevereiro.
É que este nivelamento dos preços em relação a fevereiro só é possível porque agora o Estado está a cobrar menos impostos do que então. Caso contrário, a gasolina estaria hoje 32,1 cêntimos mais cara por litro e o gasóleo 28,2 cêntimos mais caro por litro.
Se o Estado recebe menos e os portugueses pagam quase o mesmo que em fevereiro, então são as demais componentes do preço que estão mais caras do que então: quem vende a matéria-prima, quem a transforma e quem a comercializa. E isto inclui as petrolíferas, que têm aumentado os seus lucros em todo o mundo nos últimos meses.
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, criticou na semana passada os “lucros imorais” das companhias de petróleo e gás.