Foi aprovada em congresso do PSD a moção setorial a defender um referendo à eutanásia. Neste sentido, o PSD fará uma reflexão interna sobre o que fazer a esta proposta, contudo, é “quase certo” que o tema será discutido, explicou ao i fonte parlamentar do PSD.
“António Pinheiro Torres: depois de o ouvir aqui ontem, eu que não era a favor, converti-me à ideia de que para a eutanásia nós precisamos de um referendo porque não há discussão na sociedade portuguesa, não há debate. Toda a gente confunde tudo”, disse Paulo Rangel.
Segundo o Jornal i, este tema tem dividido os sociais-democratas, sendo o líder do partido “tendencialmente” a favor da eutanásia, enquanto o vice-presidente do Parlamento, Fernando Negrão, manifestou-se contra a eutanásia e o referendo, mas será um dossiê em que haverá liberdade de voto na bancada social-democrata, segundo Rangel.
Quanto a um referendo, Rui Rio não é adepto da proposta, mas admitiu, em entrevista à RTP (em pleno congresso), que o cenário de uma consulta popular também não é antidemocrática.
Entretanto, há um movimento para um referendo, iniciativa popular liderada pela Federação Portuguesa pela Vida, que recolheu as primeiras 4500 assinaturas durante o fim de semana. Conta com 101 mandatários, entre eles o antigo presidente da República, Ramalho Eanes, o padre Anselmo Borges e o médico e antigo bastonário, Germano de Sousa, tal como o SOL noticiou. Para chegar à AR terão de reunir 60 mil assinaturas.
Na Igreja, a mensagem contra a legalização da eutanásia é cada vez mais vincada e, inclusivé, já entrou nas homilias.