Após cinco anos consecutivos de rendas a subir, no próximo ano as rendas podem ficar congeladas. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), com a pandemia veio uma forte pressão nos preços nos últimos meses, com a taxa média de inflação nos 12 meses terminados em julho em “terreno” negativo.
Apesar de ainda faltar saber a evolução neste mês para se concluir, oficialmente, a evolução que terão em 2021, será preciso uma subida expressiva dos preços para fazer mexer a taxa dos níveis atuais, informa o ECO.
Na estimativa preliminar mais recente do INE, referente a julho, a variação média dos preços (Índice de Preços do Consumidor) nos últimos 12 meses, excluindo a habitação, fixou-se em -0,04%. Está menos negativa do que estava no mês anterior (-0,08%), mas continua baixa e em níveis negativos. Uma vez que a taxa está negativa, e tendo em conta que falta apenas uma observação na fórmula de cálculo do coeficiente de atualização das rendas, 2021 pode manter as rendas inalteradas, adianta o ECO.
O valor final da inflação será depois revelado em meados de setembro, permitindo confirmar se as rendas ficarão congeladas em 2021.
O coeficiente de atualização das rendas aplica-se tanto às rendas habitacionais — renda livre ou renda apoiada — como às não habitacionais (comerciais e industriais). Estas atualizações não incluem contratos de arrendamento realizados antes de 1990, no caso dos habitacionais, ou de 1995, no caso dos não habitacionais, bem como os que se encontrem em processo de transição para o Novo Regime do Arrendamento Urbano.