A Segurança Social começa esta segunda-feira a realizar o pagamento das pensões de janeiro. Em 2022 as pensões vão ter uma atualização até 1% devido à inflação, mas não terão o aumento extraordinário.
Este seria o sexto ano consecutivo em que as pensões mais baixas beneficiariam de um aumento extraordinário, contudo, devido ao chumbo da proposta de Orçamento do Estado, o Governo teve de deixar cair essa medida. A Segurança Social paga, assim, esta segunda-feira as primeiras pensões do ano, aplicando-lhes “somente” a atualização decorrente da inflação.
Assim, as pensões até 886 euros vão ser atualizadas em 1%, as pensões entre 886 euros e 2.569 euros vão subir em 0,49% e as pensões acima de 2.569 euros vão crescer 0,24%, adianta o ECO.
Ao ECO, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, disse as pensões pagas esta segunda-feira (por transferência bancária e vale de correio) já incorporam essas atualizações, que na maioria dos casos darão um acréscimo de menos dez euros aos pensionistas.
Em 2017, as pensões até 631,98 euros beneficiaram, pela primeira vez, de um aumento extraordinário (10 euros), cujo objetivo era compensar a perda de poder de compra registada nos anos de congelamento.
Em 2018, o Governo repetiu a receita e em 2019, no último ano da primeira legislatura de António Costa, o aumento extraordinário das pensões acabou por ser pago logo a partir de janeiro e correspondido aos valores de dez e seis euros.
No ano seguinte, o primeiro da atual legislatura, as pensões só foram alvo de aumentos extraordinários a partir de maio. Esse aumento extraordinário voltou a abranger as pensões até 1,5 vezes o IAS (nesse ano, 658,2 euros) e a corresponder a dez e seis euros.
Já 2021, em plena pandemia, o modelo escolhido foi diferente: as atualizações extraordinárias foram pagas com efeitos a janeiro, abrangendo as pensões até 658,2 euros e correspondendo a dez euros para todos os pensionistas, mesmo para aqueles cujas pensões tinham sido atualizadas entre 2011 e 2015.
O ano de 2022 seria, assim, o sexto consecutivo de aumentos extraordinários das pensões mais modestas, mas o chumbo da proposta de Orçamento do Estado (OE) levou a que o Governo tivesse de deixar cair por terra esta medida.
Para este ano estava previsto que pensões até 1.097 euros teriam, a partir de janeiro, um acréscimo extraordinário de dez euros, mas, após a reprovação do OE, António Costa veio dizer que só colocaria no terreno, até às eleições de 30 de janeiro, os aumentos “normais” das pensões.
Este ano pode ainda ter aumentos extraordinários nas pensões, se medida for incluída no Orçamento do Estado do Governo que sair vencedor no dia 30 de janeiro.