O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defendeu que o Governo socialista tem obrigação de aumentar os salários, propondo que o salário mínimo nacional (SMN) suba para os mil euros até 2028.
O sindicalista lembrou a promessa do Governo, no sentido de fixar o SMN nos 750 euros em 2023, e apresentou a nova proposta da UGT, para a legislatura seguinte, com o objetivo de alcançar os mil euros em 2028.
Segundo o sindicalista, é a palavra do primeiro-ministro que está em causa, que assumiu no congresso socialista de Portimão que “chega de baixos salários”. O secretário-geral da UGT defendeu a necessidade de acabar com a política de baixos salários e precariedade.
Carlos Silva afirma que o Governo tem de dar o exemplo, aumentado os salários dos trabalhadores da administração pública, que tiveram o último aumento em 2009. “O Governo tem de dar o exemplo e exigimos que dê um passo em frente”, afirmou.
A UGT aprovou esta quinta-feira a sua proposta de política reivindicativa para 2022 que prevê aumentos salariais de pelo menos 50 euros para todos os trabalhadores em 2022 e a fixação do salário mínimo nacional nos 715 euros.
A proposta aprovada por unanimidade pelo Secretariado Nacional da UGT defende também que os aumentos salariais a negociar na contratação coletiva devem situar-se entre os 2% e os 4%, nunca ficando abaixo dos 50 euros por trabalhador.
A proposta reivindica ainda o desagravamento fiscal, o alargamento da proteção social, o combate às desigualdades e melhores condições para a promoção da conciliação da vida profissional com a vida pessoal.