Um estudo britânico liderado por cientistas das universidades de Cambridge e Greenwich, concluiu que o uso de máscaras de proteção individual por toda a população pode levar a transmissão da covid-19 a níveis controláveis em cenários da epidemia e pode impedir novas ondas da doença quando combinadas com bloqueios.
A informação avançada pela ‘Reuters’ e citada pela Executive Digest dá conta de que o estudo, publicado na revista científica “Proceedings of the Royal Society A”, sugere que os bloqueios por si só não impedirão o ressurgimento do novo coronavírus SARS-CoV-2, mas podem reduzir drasticamente as taxas de transmissão, quando usadas em público.
A Organização Mundial da Saúde disse, na passada sexta-feira, que passa a recomendar que todos usem máscaras de tecido, em público, para tentar reduzir a propagação de doenças.
O estudo constatou que, se as pessoas usam máscaras sempre que estão em público, é duas vezes mais eficaz na redução do valor de R do que se as máscaras fossem usadas somente após o aparecimento dos sintomas.
O valor R mede o número médio de pessoas para as quais uma pessoa infetada transmitirá a doença. Um valor de R acima de 1 pode levar a um crescimento exponencial.
Em todos os cenários analisados, o uso rotineiro de máscaras faciais em 50% ou mais da população reduziu a propagação da covid-19 para um R menor que 1,0, achatando futuras ondas da doença, permitindo bloqueios menos rigorosos.