A revista ‘Science Magazine’, revelou que a existência da variante Epsilon da Covid-19, identificada pela primeira vez na Califórnia, Estados Unidos, é uma prova à resistência às vacinas, neutralizando de alguma forma a sua eficácia.
A variante Epsilon foi descoberta pela primeira vez nos Estados Unidos e identificadas em 34 outros países — mas não em Portugal.
Segundo o estudo publicado por aquela revista, para além de reduzir a ligação dos anticorpos induzidos pela vacina, a variante também bloqueia os anticorpos monoclonais, que são habitualmente usados para tratar pacientes graves hospitalizados e bloquear os anticorpos formados após a infeção.
David Veesler, do Departamento de Bioquímica da UW, e Luca Piccoli e Davide Corti, da Vir Biotechnology são os líderes daquele estudo que analisou amostras de 30 cidadãos vacinados com as duas doses das vacinas de mRNA —15 com a Pfizer/BioNTech e 15 com a vacina Moderna.
Foi recolhido sangue de 7 a 27 dias após a toma da segunda dose da vacina, quando já é esperada uma alta taxa de anticorpos induzidos pela vacinação no organismo. Contudo, segundo as conclusões daquele estudo, houve uma redução de duas a três vezes no poder de neutralização contra esta mutação, ou seja, perderam uma grande capacidade de proteção.
Nas amostras de pacientes que já tinham sido infetados pela Covid-19, pôde concluir-se que houve redução de cinco vezes a sua capacidade de neutralização contra a nova variante Epsilon.