Segundo o SAPO, esta greve será contra a precariedade e por melhores condições de trabalho. O protesto coincide com o arranque do ano letivo no ensino obrigatório e, segundo avança o Sindicato de Todos os Professores (STOP), todos os profissionais de educação, incluindo os trabalhadores do ensino superior, estão abrangidos pelos avisos de greve, em vigor entre hoje e 17 de setembro.
Segundo ocoordenador do STOP, André Pestana, o sindicato decidiu fazer coincidir o período de luta com o começo das aulas no ensino obrigatório, porque este será um ano letivo marcado pela municipalização da Educação. Segundo o STOP, a transferência de competências do pessoal não docente vai traduzir-se na dispensa de trabalhadores, que estavam prestes a entrar para o quadro.
Além da municipalização, a greve tem como objetivo denunciar os “concursos injustos” de professores que, segundo o STOP, faz com que docentes menos graduados ultrapassem outros mais graduados. A precariedade de milhares de professores que ficam durante mais de uma década num regime de contrato, a avaliação com quotas que só permite a alguns ter as notas mais elevadas e a idade da reforma são outros dos motivos.
Sobre a aposentação, o STOP defende que deveria existir um regime especial “sem penalização a partir dos 60 anos de idade e o direito a uma pré-reforma digna”.
O STOP exige ainda que sejam atribuídos subsídios de transporte e de alojamento aos professores colocados longe da sua residência e que sejam aumentados os “salários de miséria” dos assistentes operacionais.