As farmácias registaram na segunda-feira um pico de procura testes de covid-19, adiantou esta quarta-feira a presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF). “Na primeira semana [após o fim da comparticipação] houve uma diminuição na ordem dos 60% do número de testes efetuados nas farmácias. Nós tínhamos uma média de 25 mil, podendo chegar aos 30 mil dependente do dia da semana, e passámos a ter nove mil testes diários em média na primeira semana de maio”, disse Ema Paulino.
Segundo a responsável, devido ao aumento de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal, “na última semana o número aumentou”, tendo-se registado um “pico de testes realizados na segunda-feira que chegou aos 15 mil”. Ema Paulino afirma que “são as pessoas que já apresentam sintomas que mais se dirigem às farmácias para efetuar o teste”.
A ANF já apresentou disponibilidade para voltar a fazer testes gratuitos à população portuguesa, seja através do regresso da modalidade de comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde, ou através do sistema em vigor de prescrição pela linha SNS 24, mas ainda não existe uma resposta final se será uma solução a avançar ou não.
Os testes de despiste da covid-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios deixaram de ser gratuitos a partir deste mês.
De acordo com o relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a situação da pandemia em Portugal divulgado na sexta-feira, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2, entre 26 de abril e 02 de maio, foi de 26,7%, muito superior ao limiar dos 4% e com tendência crescente.