Quase 90% dos professores utiliza as plataformas de videoconferência para dar aulas à distância no 3.º período, e maioria admite trabalhar mais horas com o novo modelo de ensino.
Segundo a Rádio Renascença, os 2.647 professores inquiridos dizem trabalhar, em média, mais 11 horas por semana e 88% afirmam dar aulas através de videoconferência.
O inquérito foi realizado pelo Centro de Economia da Educação da Faculdade de Economia (Nova SBE) entre 05 e 19 de maio, e aqueles que utilizam as plataformas de videoconferência afirmam que 86% dos seus alunos assiste às aulas e, numa escala de 1 a 7, os docentes avaliam em 4,5 a capacidade de apreensão da matéria por parte dos alunos nestas aulas, em que a assiduidade e participação são dois dos critérios de avaliação adotados pela maioria dos professores (67,7% e 64,8%), além da recolha de trabalhos de casa (84,1%).
Os professores reportam que 15% dos seus alunos não têm acesso a computador com internet em casa.“Tal levanta a necessidade de se aferir quais os alunos que tiveram um acesso incompleto aos conteúdos curriculares durante este período, e que devem ser sinalizados no início do próximo ano letivo”, continua o relatório.
Em 20 de abril, a RTP Memória lançou o espaço #EstudoEmCasa, com aulas através da televisão, que abrange aulas destinadas aos alunos entre o primeiro e o nono ano de escolaridade.
Estas aulas foram também analisadas no inquérito da Nova SBE e, segundo os resultados, cerca de 62% dos 2.647 professores inquiridos lecionam disciplinas com aulas no #EstudoEmCasa e a avaliação é tendencialmente positiva. Em média, os professores avaliam em 5,2 (numa escala de 1-7) a qualidade das aulas da RTP Memória e, numa escala de 1-5, recomendam o visionamento aos alunos em 3,7.
Os alunos do 11.º e 12.º regressaram entretanto às escolas, em 18 de maio, mas apenas para ter aulas das disciplinas sujeitas a exame nacional e o Pré-Escolar regressa em 1 de junho.