A Cidade do Futebol, em Caxias, foi palco nesta terça-feira, dia 19, da apresentação da candidatura conjunta de Portugal, Espanha e Marrocos para os jogos do Campeonato do Mundo da FIFA 2030.
Os três países serão anfitriões conjuntos desta celebração que, pela primeira vez, une dois continentes: África e Europa.
Esta cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, e do Vereador Pedro Patacho.
📷 Crédito de imagens: Federação Portuguesa de Futebol
Num evento que decorreu na Cidade do Futebol, em Oeiras, sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), os Presidentes da Federação Portuguesa e Marroquina de Futebol, Fernando Gomes e Fouzi Lekjaa, Fernando Sanz, membro do Comité de Candidatura, em representação do Presidente da Comissão de Gestão da Real Federação Espanhola de Futebol, Pedro Rocha, e o Coordenador do Comité de Candidatura, António Laranjo, deram a conhecer o que ambicionam para os seus países e para o futebol internacional com a organização do Campeonato do Mundo FIFA 2030, e a forma como o pretendem alcançar.
O logotipo, revelado durante o evento, representa os elementos-chave dos três países: o sol, o mar e o futebol como denominador comum. O slogan – YallaVamos – remete para a ambição de inovar e de organizar um Mundial que a história recorde não apenas por ser o melhor de sempre, mas por ser aquele que definiu novos padrões para o futuro da competição.
Finalmente, o vídeo, cartão de visita de excelência de qualquer candidatura, leva-nos a uma rápida visita por alguns dos melhores talentos e momentos da história do futebol de cada um dos países, juntando, ao mesmo tempo, referencias culturais, turísticas e históricas que transformam este projecto numa proposta irrecusável.
Mais do que apenas a festa do futebol ou a celebração do centenário do primeiro Mundial realizado em Montevidéu, em 1930, a candidatura quer deixar uma marca de futuro. Os três países apostam em deixar um legado que perdure no tempo, trabalhando em quatro pilares de forma interligada: sustentabilidade, inovação, investimento e impacto social.
É objetivo da candidatura estabelecer novos padrões a nível ambiental de forma que o Mundial 2030 tenha o menor impacto da sua história e que as suas práticas prevaleçam no futuro da competição.
Foi dado especial enfase à mobilidade sustentável e à deslocação de adeptos (e até de seleções participantes) em transportes com reduzidas emissões poluentes, ou mesmo nula, designadamente pela ferrovia. Algo que a geografia e a proximidade dos três países, apesar de se tratar do primeiro Campeonato do Mundo FIFA realizado em dois continentes, e as suas modernas infraestruturas facilita.
A candidatura anunciou também os seus primeiros “embaixadores”, onde constam nomes como Luís Figo, Andrés Iniesta e Nourredine Naybet, referências incontornáveis em cada um dos seus países, bem como os capitães das respetivas seleções masculina e feminina: Cristiano Ronaldo, Dolores Silva, Álvaro Morata, Irene Paredes, Achraf Hakimi e Ghizlane Chebbak. Emmanuel Adebayor também foi apresentado como embaixador da candidatura para África.
De acordo com o Regulamento da FIFA, a próxima etapa neste exigente processo passa pela apresentação formal do dossier de candidatura, já no próximo mês de Julho. A decisão final que confirmará a sede do Campeonato do Mundo em 2030, será votada no Congresso da FIFA, no último trimestre deste ano.
“Num mundo em rápida e profunda transformação, o futebol não pode ficar para trás. Tem de manter a sua essência, mas acompanhar a mudança, evoluir, inovar, nomeadamente a nível ambiental. O Mundial de 2030 será, por isso, a conjugação da memória da competição, com a renovação e a invenção do futuro! Esse é o nosso desafio!” afirmou o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, refletindo sobre o contributo e o legado que espera que o Mundial 2030 deixe não apenas no que ao futebol diz respeito. “O futebol será o que nós façamos dele! Temos obrigação de cuidar dele e dar-lhe um sentido que inspire todos e não apenas o “mundo” do futebol”. concluiu.
O Presidente da Federação Real Marroquina de Futebol, Fouzi Lekjaa, destacou tratar-se de um dia “que constitui um marco na candidatura histórica dos nossos três países. Ao trabalharmos juntos todos os dias, estamos a mostrar o valor da colaboração cultural e do trabalho de equipa. O mundo do futebol beneficiará com isso. Todos trabalhamos arduamente no desenvolvimento de um caderno de encargos técnico sólido e estamos ansiosos por poder anunciar mais detalhes sobre os nossos planos nos próximos meses.”
Fernando Sanz, por seu lado, recordou que a Espanha organizou o Campeonato do Mundo de1982 e que agora, 42 anos depois, o país “junta-se a dois países vizinhos com os quais queremos construir um Campeonato do Mundo cuja memória perdure por várias gerações. Queremos marcar o futuro com um Campeonato do Mundo único.” Sanz enumerou ainda alguns pontos fortes da candidatura, nomeadamente: “instalações modernas para jogadores e adeptos, um torneio compacto, com distâncias de viagem curtas, que vai permitir viver uma experiência única nos nossos três países”.