Higienizar as mãos e medir a temperatura corporal tornaram-se rotinas indispensáveis nos dias que correm devido à pandemia de covid-19. Estes novos hábitos de segurança levaram a Greenapple a apostar num projeto inovador que permite através de um único dispositivo- com ferramentas de leitura e monitorização de saúde pública integradas- fazer a higienização das mãos e o controlo de temperatura corporal contactless. Além de ter um design único que torna ambas as tarefas mais leves, o Biocheck-in proporciona uma experiência menos intrusiva, confortável e mais segura no acesso a zonas comerciais, sociais e de lazer.
A equipa de investigação liderada pelo professor Luís Rosado, docente do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (DEEC)do Técnico, teve um papel importante na gestão técnica e na componente científica do projeto.
“O Biocheck-in é um dispensador de álcool gel que incorpora adicionalmente a capacidade de estimar a temperatura corporal recorrendo a medidas sem contacto da superfície do pulso do utilizador”, começa por contextualizar o docente do Técnico. Para o investigador “esta combinação de funcionalidades aliada ao design cuidado e customizável serão possivelmente os seus principais fatores diferenciadores”.
Este foi o primeiro produto da GreenApple, uma marca de design de mobiliário de luxo, a incorporar funcionalidades eletrónicas, e esta reduzida experiência na conceção, projeto, industrialização e comercialização destes sistemas levou a empresa a procurar parceiros com o know-how necessário. É neste contexto que surge a participação do Técnico no projeto, como partilha o professor Luís Rosado: “fomos contactados pela empresa que nos solicitou auxílio na gestão técnica e na componente científica do projeto”. “Juntar-se-ia a empresa VisionVolt, uma startup fundada por alumni do Técnico que se encarregaria das componentes de desenvolvimento”, refere, de seguida, o docente.
O projeto começou a ser desenvolvido em meados de abril, numa altura em que o país atravessava já o período de confinamento o que redobraria as dificuldades da equipa que está por detrás do Biocheck-in. “Foi um desafio conseguir demonstrar as primeiras unidades produzidas ainda em junho, enfrentando dificuldades operacionais e logísticas e enquanto aprendíamos a trabalhar de forma remota”, recorda o docente do Técnico.
Existem 7 modelos de dispositivos Biocheck-in que dão resposta às novas necessidades de acessibilidade, estando adaptados para diversas atividades, como: hotelaria, restauração, comércio, escolas e universidades, lojas CTT, Agências Bancárias ou Repartições Públicas — e permitem retomar a atividade assegurando a proteção de todos.
O inovador dispensador já está a ser comercializado e tem captado o interesse de cadeias de hotéis, clínicas, colégios e outros. “Neste momento, estão a ser fabricadas 300 unidades para satisfazer os pedidos atuais”, adianta o professor Luís Rosado. Na opinião do docente uma das causas deste sucesso é o facto de o dispositivo proporcionar uma experiência de acessibilidade impessoal e não intrusiva aos locais. “Desde que se instalaram as primeiras unidades do dispositivo temos recebido comentários muito positivos do ponto de vista de experiência de utilização”, sublinha o docente.
Crédito de imagem: Istituto Superior Técnico