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Sáb 27 Abril 2024
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Europa em alerta. Época de gripe pode ser mais severa para idosos

Está em circulação na Europa um subtipo do vírus da gripe que costuma ser mais agressivo para os idosos, o vírus A (H3N2). O surgimento deste subtipo já levou a que o Centro Europeu de Controlo e Prevenção de Doenças emitisse um alerta sobre a potencial gravidade da época gripal este ano.

A este subtipo de vírus junta-se ainda o registo de um aumento das infeões respiratórias que se tem estado a verificar nos diferentes países depois do alívio das restrições da covid-19.

Citado pelo Jornal i, o departamento de Epidemiologia e Doenças Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), informa que há sinais de que a época de gripe, ainda com circulação esporádica em Portugal, está a começar mais cedo, com mais infeções respiratórias do que era habitual nesta altura do ano.

Para já, o INSA confirmou apenas laboratorialmente dois casos de gripe do tipo B não tendo detetado nenhum caso do subtipo A (H3N2) e mantém a vigilância, admitindo que o facto de se estar a testar mais doentes do que acontecia antes da pandemia pode contribuir para uma maior deteção do que havia no passado.

O INSA detetou, desde o verão, um aumento das infeções respiratórias, em especial associadas ao vírus sincicial respiratório, maioritariamente, em crianças menores de 5 anos e, segundo o departamento, além do vírus sincicial respiratório, há atualmente uma circulação esporádica do vírus da gripe, o que é um alerta para a possibilidade de uma epidemia de gripe mais precoce do que em anos anteriores.

O instituto confirma apenas que, comparando com anos anteriores, se observa um maior número de infeções respiratórias e, quando analisadas as idas às urgências a nível nacional, voltaram nas últimas semanas a níveis pré-pandemia.

Em declarações ao Jornal i, o pneumologista Filipe Froes, consultor da Direção Geral da Saúde para a gripe e coordenador do gabinete de crise da covid-19 da Ordem dos Médicos, sublinha que o subtipo do vírus da gripe A (H3N2) já circulou noutros invernos, sendo mais agressivo para os idosos e, ao mesmo tempo, uma menor resposta em termos vacinais.

Segundo o especialista, além deste alerta europeu, o facto de no ano passado ter havido menos dados sobre a gripe pode levar a que este ano as vacinas estejam mais desfasadas dos tipos de vírus em circulação.

Filipe Froes sublinha ainda que, segundo dados da agência de saúde pública do Reino Unido (Public Health England), uma coinfeção com o vírus da gripe e com o SARS-Cov-2 duplica o risco de mortes, um risco acrescido este inverno, deixando a recomendação de acelerar a vacinação, quer o reforço da vacina da covid-19 quer a vacina da gripe. “Se não houver vacinas suficientes para fazer o reforço da covid-19 e a vacina da gripe em simultâneo, é preferível avançar com pelo menos uma das vacinas do que esperar que existam as duas”.

O médico lembra ainda que a população mais vulnerável deve ser aconselhada a utilizar máscaras em espaços fechados em permanência, recomendação também do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de doenças, que propõe a necessidade de reforçar e manter medidas com distância física e higiene em especial em lares e unidades de saúde.

O instituto refere ao i que no último ano, praticamente sem casos de gripe, o impacto da covid-19 na mortalidade foi superior ao de qualquer época gripal, estimando-se 22 055 mortes entre março de 2020 e março desde ano. “Neste inverno, tendo em conta as atuais medidas de restrição da circulação e do contacto entre pessoas, é esperado que haja uma maior atividade gripal do que no inverno passado, durante a qual não tivemos epidemia de gripe”.

“O mesmo poderá acontecer com outros vírus respiratórios, além do SARS-CoV-2, razão pela qual as pessoas de maior risco ou que contactem com pessoas de maior risco de ter complicações de gripe devem manter as medidas de proteção individual recomendadas para a prevenção de infeções respiratória”, recomenda o instituto.

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